Goji berry: Fruta milenar rica em vitamina C atua contra o envelhecimento

Originária da China, a goji berry é uma fruta usada na medicina tradicional chinesa há milênios, e seus efeitos nutracêuticos e propriedades bioativas não são novidade no Oriente, onde é amplamente consumida.

Considerada uma berry, assim como a amora, a framboesa e o morango, ela se popularizou no Ocidente a partir dos anos 2000 e passou a ser muito consumida com cereais matinais, iogurtes, lanches e saladas.

Com sabor agridoce e um pouco azedinha, a fruta desidratada é versátil, fácil de levar e “esconde” inúmeros benefícios para a saúde. Guilherme Falcão, nutricionista e professor do curso de nutrição da Unieuro-CEUMA, revela que existem inúmeros estudos que mencionam as propriedades da goji berry.

Com uma densidade grande de nutrientes, a fruta é um superalimento rico em micronutirentes, vitaminas do complexo B, carotenóides, antocianinas e minerais.

“Os carboidratos que ali estão são de um índice glicêmico mais baixo, e ela proporciona mais saciedade em virtude das fibras. Tudo isso torna a goji berry um alimento super interessante”, ressalta o nutricionista.

A principal desvantagem da fruta, no entanto, é o valor mais elevado. Guilherme revela que isso faz com que ela não seja tão acessível, dificultando, por exemplo, que seja indicada ou inserida em dietas.

Benefícios para a saúde

Em relação aos benefícios para a saúde, o nutricionista ressalta que existem diversos estudos que demonstram algumas das ações da fruta, enquanto outros ainda estão em fases iniciais das pesquisas.

O benefício mais bem documentado da goji berry é a sua contribuição para a saúde ocular. Ela tem alta concentração do carotenóide zeaxantina, crucial para o bom funcionamento dos olhos.

De acordo com Guilherme, um estudo de 90 dias com adultos idosos revelou que a suplementação diária com goji berry ajudou a proteger a mácula, a parte da retina responsável pela visão de cores e detalhes. A taurina, substância que dificulta a progressão da retinopatia diabética e pode oferecer proteção contra o glaucoma, é outro elemento abundante no alimento.

Entre os outros efeitos estudados estão os antioxidantes e antienvelhecimento. Ela é rica em polissacarídeos, vitamina C e betaína, substâncias relacionadas à proteção contra os danos causados por radicais livres no DNA.

Alguns estudos preliminares apontam ainda que ela pode atuar na regulação metabólica e cardiovascular, na diminuição da hipertensão e na imunidade, mas estes ainda não têm evidências robustas que comprovem os benefícios.