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Rebeldes houthis detêm 11 funcionários da ONU no Iêmen

Secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, expressou indignação com a situação

Rebeldes houthis detiveram 11 funcionários da ONU neste domingo (31), após invadirem instalações da organização no Iêmen, informou o enviado das Nações Unidas para aquele país, Hans Grundberg. 

“Condeno energicamente a nova onda de detenções arbitrárias de funcionários da ONU ocorrida hoje em Sanaa e Hodeida, além da operação forçada nas instalações da organização e o confisco de seus bens. Pelo menos 11 funcionários foram detidos”, indicou Grundberg, que exigiu a sua libertação imediata.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, expressou indignação: “Condeno energicamente as prisões arbitrárias de pelo menos 11 funcionários das Nações Unidas pelas autoridades de fato houthis no Iêmen em áreas sob seu controle. Condeno, ainda, a operação forçada nas instalações do Programa Alimentar Mundial (PAM), o confisco de bens da ONU e as tentativas de entrada em outras instalações da organização em Sanaa.”

Autoridades houthis não comentaram a operação. Em outras ocasiões, detiveram funcionários estrangeiros de agências de ajuda. Em comunicado prévio, o PAM informou que escritórios dessa agência da ONU em Sanaa haviam sido “tomados pelas forças de segurança locais, que detiveram um funcionário”, e que havia “informações de mais detenções em outras regiões”. Os houthis tomaram a capital do Iêmen, Sanaa, em 2014, e controlam atualmente grande parte do país.

Após os bombardeios israelenses desta semana na capital, que mataram líderes houthis apoiados pelo Irã, uma fonte da segurança iemenita informou que autoridades houthis haviam detido dezenas de pessoas em Sanaa e outras áreas, “por suspeita de colaboração com Israel”.

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