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Público zero! Torcida promete esvaziar próximo jogo do Paysandu na Série B

Principal torcida do Paysandu, "Terror Bicolor", protesta contra a fase do time na Série B e pede mudanças na gestão do clube

A principal torcida organizada do Paysandu, a Terror Bicolor (TUTB), divulgou uma nota oficial neste fim de semana após mais uma derrota do time na Série B do Campeonato Brasileiro. O revés por 2 a 0 diante do CRB, no Estádio Rei Pelé, deixou o clube paraense na lanterna da competição, com apenas 21 pontos somados.

Em forte tom de protesto, a torcida anunciou que não estará presente no próximo compromisso do Papão, como forma de manifestar sua insatisfação com o desempenho do elenco e com a gestão atual do clube. Segundo a torcida, o apoio ao time foi incondicional durante toda a temporada, mesmo diante de ingressos caros e resultados frustrantes. No entanto, o futebol apresentado não corresponde às expectativas nem à tradição do Paysandu.

“Fizemos nossa parte como torcedores apaixonados, sempre colocando o Paysandu em primeiro lugar. Mas, dentro de campo, a resposta não veio”, diz o comunicado.

A manifestação não se limita à ausência nas arquibancadas. A torcida também pede a renúncia do presidente Roger Aguilera e defende mudanças urgentes no estatuto do clube. A principal reivindicação é ampliar o direito de voto para todos os sócios-torcedores, criticando o atual modelo em que apenas um grupo restrito participa das decisões, o que, na visão da torcida, cria um sistema elitizado e distante da realidade do clube.

A torcida afirma que a ausência no estádio é um gesto simbólico e também financeiro: “Queremos que a diretoria sinta no bolso aquilo que a gente sente dentro de campo.” Além disso, o grupo pretende mobilizar outras torcidas organizadas para aderirem ao protesto coletivo.

“Nossa ausência representa a insatisfação de milhares de bicolores que exigem respeito, compromisso e responsabilidade por parte de quem veste a camisa do Paysandu”, conclui o texto.

Em meio à crise, o Paysandu tenta encontrar forças para reagir na Série B. No entanto, a pressão da arquibancada, agora convertida em silêncio e distanciamento, pode ser um dos maiores desafios para a diretoria e para o elenco nas próximas rodadas.

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