COP30: saiba o que é evento que já causa crise de hospedagem em Belém
Belém receberá a 30ª edição da Conferência das Partes (COP), de 10 a 21 de novembro

Marcada para novembro em Belém (PA), a COP30, maior conferência mundial sobre mudanças climáticas, levanta preocupações entre países participantes por causa do aumento nas tarifas de hospedagem. Ao menos 25 países solicitaram a mudança do local do evento devido à disparada no preço das diárias de hotéis na capital paraense.
A conferência será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro. Será a 30ª edição da cúpula climática da ONU, que reúne representantes de dezenas de países para debater estratégias de combate às mudanças climáticas.
O que é a COP?
A Conferência das Partes (COP) foi criada no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), com o objetivo de reunir anualmente os países signatários para discutir e implementar medidas de enfrentamento à crise climática.
Atualmente, 198 países participam da COP, o que a torna um dos maiores fóruns multilaterais da ONU. Desde 2015, com o Acordo de Paris, a conferência passou a desempenhar papel ainda mais central nas metas para conter o aquecimento global.
O Acordo de Paris, firmado na COP21, estabeleceu três grandes objetivos:
- Manter o aumento da temperatura global bem abaixo de 2 °C, com esforços para limitá-lo a 1,5 °C;
- Reforçar a capacidade de adaptação e resiliência climática;
- Alinhar os fluxos financeiros aos compromissos climáticos.
Crise no preço dos hotéis
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que países como Áustria, Bélgica, Canadá, República Tcheca, Finlândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suíça enviaram cartas solicitando que a conferência seja transferida de Belém, diante do aumento considerado excessivo nas tarifas de hospedagem.

“Os países membros manifestaram de fato e saíram a público para dizer que a questão do preço dos hotéis é uma preocupação”, disse Lago.
Segundo ele, há casos de hotéis cobrando diárias até dez vezes mais altas do que o normal. O governo brasileiro tenta negociar com o setor para reduzir os preços, mas, de acordo com Lago, a legislação não permite imposição de limites. “Os esforços continuam, mas acredito que os hotéis não estejam se dando conta da crise que estão provocando”, completou.