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Brasil reforça segurança dos lançamentos espaciais da Europa com base estratégica em Natal e apoio à Guiana Francesa

Cooperação entre Brasil e Europa garante rastreio global e proteção total de foguetes lançados em 2024

Desde 1970, o Brasil fortalece o sucesso da Agência Espacial Europeia (ESA) ao garantir a segurança dos lançamentos realizados em Kourou, na Guiana Francesa.

A base brasileira contribuiu diretamente para o lançamento do foguete Vega C, que colocou em órbita o satélite Biomass. O lançamento ocorreu após o veículo deixar o Centro Espacial da Guiana Francesa (CSG).

Contudo, para que a missão ocorresse sem riscos, a estação da Barreira do Inferno, localizada em Natal (RN), desempenhou papel essencial no rastreio contínuo. A base é operada pelo CLBI, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Ela mantém monitoramento preciso da trajetória dos foguetes mesmo após deixarem a área de lançamento.

Estações globais ampliam cobertura e asseguram voos com precisão em tempo real

As antenas parabólicas da estação de Galliot, próxima ao CSG, monitoram o foguete durante os primeiros minutos de voo. Contudo, após 10 minutos, a missão depende da atuação de estações remotas, como as das Bermudas e da cidade de Natal, que assumem o rastreio. Esse rastreamento segue até o final da missão.

Conforme explica Jean-Frédéric Alasa, diretor de Operações do CNES (agência espacial francesa), a Arianespace controla o foguete. O CNES se encarrega da base e da segurança de todo o voo. As antenas espalhadas pelo mundo captam esses dados de telemetria e os enviam de volta a Kourou.

Em seguida, a equipe processa os dados com rigor técnico. Essa rede global de cooperação garante que nenhuma falha escape do controle. Isso se mantém mesmo após horas de voo.

Brasil atua até o fim da missão e evita riscos com rastreamento avançado

Além de controlar o voo, a missão também exige atenção total à segurança de pessoas, bens e ao meio ambiente. Por isso, caso o foguete perca a rota, o sistema atua com precisão para evitar quedas em áreas habitadas.

O brasileiro Cleberson Miranda, nascido na Guiana Francesa e com mais de 20 anos na estação, destaca a importância do trabalho. Ele afirma que a operação só termina quando a missão é finalizada com segurança.

Conforme declarou à RFI: “Mesmo que o foguete saia de órbita, nosso sistema de Telemetria vai agir para que não represente perigo.”

Sem o suporte da base em Natal e outras colaborações espalhadas pelo mundo, nenhum lançamento europeu teria autorização para ocorrer com a segurança exigida.

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