Cultura

Escritora amapaense é finalista de prêmio nacional

Por Júlia Rojanski

A poesia brasileira produzida no Amapá comemora mais um feito importante: a escritora e poeta Mary Paes é finalista do Prêmio Olho Vivo – Cláudio Alcântara, na categoria Poeta 2025. A artista, que venceu a segunda etapa da premiação através de voto popular, agora disputa o 1º lugar com outros dois autores de destaque no cenário literário nacional.

Mary foi escolhida entre dez concorrentes de diversos estados do país, após uma campanha que mobilizou leitores, admiradores e colegas de profissão. A etapa final do prêmio será decidida por uma banca especializada, com anúncio dos vencedores marcado para o dia 25 de janeiro de 2026. A cerimônia acontecerá em Volta Redonda (RJ), reunindo cerca de 300 convidados, entre artistas, produtores culturais e representantes do meio literário.

A notícia da indicação pegou Mary Paes de surpresa. “Na noite do dia 21 de junho, um sábado, recebi uma mensagem no WhatsApp, me comunicando da indicação ao Prêmio Olho Vivo, na Categoria Poeta 2025. Demorei para responder por achar que fosse golpe. Depois li direitinho a mensagem e vi que se tratava de uma premiação séria e de credibilidade, então aceitei participar”, contou a autora, com seu habitual bom humor e franqueza.

Desde então, Mary tem recebido uma onda de carinho e reconhecimento por seu trabalho literário, que se destaca não apenas pela qualidade, mas também pela sensibilidade com que trata temas como tempo, feminilidade e identidade.

No centro dessa fase luminosa da carreira está Penélope Moderna, sua obra mais recente, lançada em novembro de 2024 pela editora O Zezeu. O livro reúne poesias e textos que mergulham nas experiências pessoais da autora e que, ao mesmo tempo, dialogam com um universo feminino inquieto e contemporâneo.

“Penélope Moderna é uma obra que me emociona, porque é um compilado de histórias que eu vivi. E com certeza, muitas pessoas se identificam com esta mulher, que não tem medo das esperas, que não se paralisa por elas”, afirmou Mary.

O título, que também batiza sua banda lítero-musical, revela a versatilidade da artista em transitar entre diferentes linguagens, da palavra escrita ao palco, da performance ao canto.

Nascida em Matogrosso do Sul e radicada no Amapá, Mary Paes é uma artista de múltiplas expressões. Jornalista de formação, também é compositora, atriz, performer e entusiasta da fotografia e do audiovisual. Com quatro livros publicados e presença em mais de dez coletâneas e HQs nacionais, Mary constrói uma carreira marcada pela continuidade e experimentação.

Além de sua própria criatividade, Mary reconhece o papel de quem a impulsionou ao reconhecimento nacional. Ela recebeu incentivo de figuras como Pat Andrade, Leone Rocha e da Revista e Editora O Zezeu, que contribuíram para a divulgação de seu trabalho em diversas plataformas.

O Prêmio Olho Vivo – Cláudio Alcântara é hoje considerado a maior premiação artística do interior do Rio de Janeiro. Criado nos anos 1990, inicialmente em formato impresso, e ampliado para o ambiente digital a partir de 2010, o prêmio já movimentou milhares de artistas em todo o país.

Seu objetivo busca valorizar a produção artística contínua e revelar novos talentos em múltiplas linguagens. Neste ano, a premiação reafirma sua relevância ao reconhecer trajetórias como a de Mary Paes, uma poeta que escreve com o corpo inteiro e canta com a alma de quem transformou vivências em verso e resistência em arte.

Saiba mais da autora acessando o perfil de suas redes sociais: @mary.paes.96

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