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Governo recebe alerta do risco de dívida sem controle

A dívida bruta continua subindo - e deve ser maior que o PIB do país daqui a cinco anos. Um número considerado catastrófico para um país emergente como o Brasil

Por William Waack

Nem sempre é adequado comparar um orçamento doméstico com as contas públicas de um país. Mas é possível quando se fala de dívida bruta.

Você pode chamar do que quiser aquilo que você gasta: investimento social, ajuda emergencial, auxílio para os necessitados. Mas, no final, vira tudo a tal da dívida bruta.

No caso do governo brasileiro, essa dívida está numa perigosa trajetória de subida – segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado.

Como o nome indica, trata-se de uma assessoria do Congresso para questões fiscais – de dívida. Portanto, não se trata de algum “malvado” de alguma consultoria econômica querendo falar mal do governo petista.

Essa instituição afirma que o governo Lula 3 só fez aumentar a dívida bruta desde que assumiu – e de maneira rápida.

Qual a causa disso? A mais óbvia possível: o governo gasta mais do que arrecada. Para fazer de conta que está equilibrando as contas, subestima despesas e exagera receitas.

Só que esse método está esgotado, alerta a Instituição Fiscal Independente. E já provocou o encolhimento violento tanto dos gastos discricionários (aqueles não obrigatórios, que o governo pode escolher como quiser) quanto da já reduzida capacidade pública de investimento.

Mas a dívida bruta continua subindo – e deve ser maior que o PIB do país daqui a cinco anos. Um número considerado catastrófico para um país emergente como o Brasil.

No fundo, a melhor comparação é com a lei da gravidade. Você pode dar o nome que quiser pra ela. Mas, se não respeitá-la, vai acabar esmagado por ela.

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