Política Nacional

Governo Federal baixará gasolina em prevenção à guerra do Irã e alta na luz

Medida foi reforçada ao presidente Lula no Planalto e deve ajudar o Brasil a se proteger de variações globais e eventual alta na energia

O Governo Federal prepara uma mudança na política de combustíveis, aumentanto para 30% a mistura de etanol na gasolina. A medida já estava no forno e, segundo fontes palacianas, foi reforçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, diante da guerra no Oriente Médio e da possível alta na conta de luz.

De acordo com interlocutores, eles conversaram no contexto de medidas para proteger o mercado brasileiro das altas de preços dos combustíveis, causadas pela tensão militar entre Israel e Irã. O preço do Petróleo vem registrando altas sequenciais.

Apesar da promessa de cessar-fogo na última segunda, o mercado do petróleo foi influenciado por eventos como a ameaça de fechamento do Estreito de Ormuz, via marítima localizada entre o Irã e o Omã. É por ela que passam cerca de 20% do suprimento global de petróleo.

Nos cálculos do governo Lula, caso o Brasil aumente a mistura de etanol, o país passará a ser autosuficiente em gasolina e não será afetado por variações do mercado global.

A ideia é aprovar o aumento da mistura na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) desta quarta-feira (25). A expectativa do governo é que a mudança ajude a abaixar o preço do combustível e, com isso, a inflação.

Há temor de uma nova alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principalmente após o Congresso desenterrar uma série de jabutis na na Lei das Eólicas Offshore que podem encarecer a energia. Assim, uma diminuição nos combustíveis poderia puxar a inflação para baixo e até anular o efeito inflacionário de uma eventual alta na conta de luz.

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