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A piada que Alexandre de Moraes contou para o “The Economist”

O juiz que suspende o funcionamento de empresas e derruba contas de brasileiros nas redes sociais é o oposto de um liberal clássico

Por Duda Teixeira (O Antagonista)

O ministro do Supremo Tribunal Federal, STF, Alexandre de Moraes (foto), disse para os jornalistas da revista britânica The Economist que ele é um “liberal clássico“.

Só pode ser uma piada.

O juiz que não tem qualquer pudor em dar canetadas para suspender o funcionamento de empresas (X e Rumble), derrubar contas de brasileiros nas redes sociais e multar sem motivos companhias (Starlink), é o oposto de um liberal clássico.

Moraes é o símbolo da intervenção do Estado brasileiro na economia e na sociedade civil.

O absurdo da sua afirmação ainda ganha um tom de chacota porque foi dita para aquela que é talvez a revista que mais defenda os valores liberais clássicos, no país que é o berço do liberalismo de John Locke.

Classicamente radical

A contradição provavelmente não passou despercebido pelos jornalistas da Economist. Tanto é que, no texto, antes de aparecer a afirmação desastrosa de Moraes, eles colocaram o intertítulo: Classicamente radical.

Seria de se esperar que um juiz na mira do MAGA (Make America Great Again, movimento de Donald Trump) fosse de esquerda. Mas o Sr. Moraes se autodenomina um ‘liberal clássico’ e defende um governo republicano e um papel limitado do Estado na economia. Ele só trabalhou para políticos de centro-direita. ‘A virtude’, diz ele, ‘está no meio’. Os esquerdistas brasileiros ficaram furiosos quando ele foi nomeado para o STF, pois ele defende a privatização de empresas estatais e a legalização do trabalho informal, bem como o uso da força para reprimir protestos, afirma a Economist.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, STF, Alexandre de Moraes (foto), disse para os jornalistas da revista britânica The Economist que ele é um “liberal clássico“.

Só pode ser uma piada.

O juiz que não tem qualquer pudor em dar canetadas para suspender o funcionamento de empresas (X e Rumble), derrubar contas de brasileiros nas redes sociais e multar sem motivos companhias (Starlink), é o oposto de um liberal clássico.

Moraes é o símbolo da intervenção do Estado brasileiro na economia e na sociedade civil.

O absurdo da sua afirmação ainda ganha um tom de chacota porque foi dita para aquela que é talvez a revista que mais defenda os valores liberais clássicos, no país que é o berço do liberalismo de John Locke.

Classicamente radical

A contradição provavelmente não passou despercebido pelos jornalistas da Economist.

Tanto é que, no texto, antes de aparecer a afirmação desastrosa de Moraes, eles colocaram o intertítulo: “Classicamente radical“.

Seria de se esperar que um juiz na mira do MAGA (Make America Great Again, movimento de Donald Trump) fosse de esquerda. Mas o Sr. Moraes se autodenomina um ‘liberal clássico’ e defende um governo republicano e um papel limitado do Estado na economia. Ele só trabalhou para políticos de centro-direita. ‘A virtude’, diz ele, ‘está no meio’. Os esquerdistas brasileiros ficaram furiosos quando ele foi nomeado para o STF, pois ele defende a privatização de empresas estatais e a legalização do trabalho informal, bem como o uso da força para reprimir protestos“, afirma a Economist.

Moraes tampouco poderia ser considerado um republicano.

Esse adjetivo, ainda que de definição um pouco mais abrangente, entende que as instituições estão acima dos indivíduos, e que as leis devem ser para todos.

Quando Moraes derruba contas nas redes sociais o que ele está fazendo é…

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