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Brasileirão vive o caos na arbitragem após apenas duas rodadas

Atuação da arbitragem e do VAR roubou a cena em diferentes partidas da 2ª rodada do Campeonato Brasileiro, entre sábado, 5, e domingo, 6

A arbitragem entrou ‘no olho do furacão’ com lances e expulsões polêmicas em diferentes partidas da 2ª rodada do Brasileirão. O caos tomou conta dos jogos entre Corinthians e Vasco, Internacional e Cruzeiro, Atlético-MG e São Paulo e, Sport e Palmeiras, com um pênalti duvidoso que favoreceu os visitantes na Ilha do Retiro. 

As confusões acontecem após reuniões e declarações da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e seu presidente, Ednaldo Rodrigues, sobre supostas melhorias à arbitragem no futebol do Brasil.

“Houve um momento de muito avanço na arbitragem, mas a gente entende enquanto houverem muitas reclamações, que a CBF buscou que fosse otimizadas com as conversas entre comissão técnica, árbitros, dirigentes e atletas. Mas o que queríamos é que pudesse ter uma evolução no que se diz respeito a inovação da arbitragem”, disse Rodrigues na última Data Fifa, em fevereiro passado.

Ainda no início da rodada, no sábado, 5, o Timão venceu o Gigante da Colina por 3 a 0 na Neo Química Arena, em São Paulo. O jogo, no entanto, teve dois gols anulados para o Corinthians e uma falta dura não marcada sobre o atacante Memphis Depay. Exaltado, o treinador Ramón Díaz acabou expulso.

Craque do jogo, o holandês detonou a arbitragem e a CBF: “No primeiro tempo, o VAR deveria ter checado a entrada no meu tornozelo, acho que foi uma falta clara para cartão vermelho, mas ao invés disso eles preferem criar regras contra subir na bola. (…) Acho que eles precisam trabalhar melhor”, disparou Memphis, que compartilhou fotos de lesões no tornozelo após o jogo. 

Já neste domingo, 6, uma série de lances chamaram a atenção e provocaram a ira dos torcedores.

Expulsões ‘a rodo’ entre Atlético e São Paulo

No Mineirão, em Belo Horizonte, o Atlético-MG recebeu o São Paulo. No jogo, que acabou em 0 a 0, o treinador Luis Zubeldía, do Tricolor, protestou contra uma entrada dura de Lyanco, do Galo, que já estava amarelado, e acabou expulso pelo árbitro Ramon Abatti Abel. 

Na súmula, o juiz justificou a expulsão de Zubeldía acusando-o de ‘fazer gestos provocadores, debochados ou exaltados’. Além do treinador, Jonathan Calleri, do São Paulo, foi expulso após acertar uma cotovelada no adversário. Lyanco, por sua vez, também recebeu o cartão vermelho, já no fim do jogo. 

“A única coisa que eu falei é que antes do começar o Brasileiro, teve reunião com a arbitragem sobre novas regras, e no segundo jogo a gente viu que a reunião foi só para ‘mostrar’. O amarelo que eu tomei, tudo que causou, é porque o árbitro deixa levar. Quando eles passam novas regras, eles têm que aplicar, inclusive acho que eles deveriam dar entrevista depois dos jogos”, disparou o zagueiro do Galo.

No Beira-Rio, o Internacional venceu a Raposa com tranquilidade, mas o ‘passeio’ ficou marcado por uma expulsão bastante questionada pelo Alviceleste mineiro. Aos 19 minutos de jogo, Alan Patrick encontrou Wesley em ótimo lançamento. O ponta matou de peito, girou e acabou derrubado por Jonathan Jesus. 

O árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou falta fora da área e mostrou o vermelho direto para o zagueiro da Raposa, justificando ‘tratar-se de chance clara e manifesta de gol’. Não houve revisão do VAR. 

 Antes mesmo da bola rolar, Lima Henrique se envolveu em polêmica quando, durante o sorteio, falou aos jogadores que ‘futebol não é igreja’. A conversa ocorreu enquanto o árbitro explicava as novas regras da CBF aos capitães Alan Patrick e Lucas Romero, acompanhados pelos goleiros Anthoni e Cássio.

Pênalti ‘constrangedor’ ao Palmeiras

O tema, que já estava quente, explodiu nos acréscimos da partida entre Sport e Palmeiras, na Ilha do Retiro. Aos 46 minutos, o árbitro Bruno Arleu marcou pênalti de Matheus Alexandre sobre o meia Raphael Veiga. Piquerez converteu e garantiu a vitória por 2 a 1 para o Verdão diante do Rubro-Negro. 

Além dos 10 cartões amarelos distribuídos na partida, Arleu se tornou alvo de críticas pela marcação da penalidade e não revisão do lance no VAR. 

Até o ex-goleiro Marcos, ídolo máximo do Verdão, criticou a penalidade: “Prefiro perder, empatar o jogo, do que ganhar com um pênalti desse. É constrangedor, do fundo do meu coração é constrangedor. Não pode. O jogador dentro do campo tem que cavar, fazer o caramba, mas tem tecnologia”.

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