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Em 1962, durante a construção do proletário bairro do trem, alguns trabalhadores começaram a promover pequenas reuniões/confraternizações após as semanas de trabalho. E, como amantes do samba e apreciadores de Rum Montilla (bebida muito consumida à época), resolveram criar um bloco carnavalesco que associasse essas paixões. E foi assim que surgiu “Piratas da Batucada”.
Depois de anos na informalidade, em 31 de março de 1973 a entidade promoveu seu registro jurídico e atualmente é denominada Associação Recreativa e Cultural Escola de Samba Piratas da Batucada, popularmente conhecida como Piratão, reconhecida como uma das maiores referências do segmento cultural amapaense, especialmente no que diz respeito a Desfile de Escola de Samba.
Presidente: Alex de Almeida Pereira
Cores: azul e dourado
1480 brincantes, divididos em 16 alas
Enredo
A Realeza do Sertão: O cordel azul e dourado de quem fez esse torrão o seu reinado
Autores: Professor Rogério Sena, Ailson Picanço e Silva Júnior
Óh, luar clareia!
Feito fogueira a imaginação
Muito longe do Nordeste
O imperador cabra da peste
Inspirou o meu torrão
Na idade média a lembrança:
Com Doze Pares de França
A luta do bem contra o mal
Olha seu moço!
Foi num mar de poesias
Que aventura e bruxaria
Viraram histórias pra contar
Na terra seca o dragão é carcará
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Corre que lá vem ele o Majestoso Piratão
Cangaceiro, valente … forte igual lampião
O violeiro cantou os versos do trovador
E a cavalhada virou festa e tradição
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Pelo Brasil, se espalha o causo popular
Nas xilogravuras contos e lendas do lugar
Deságuam memórias dessa lida
No rosto já marcado, um sertão
Vi reis e rainhas de um povo
Gente de fibra mudar o meu chão
No Amapá a esperança
Fez Asa Branca pousar
Se avexe não viu? Se avexe não
Nesse arrasta-pé vai ter samba e baião
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Oxente chegou o Glorioso Imortal
Da Zona Sul, é o Rei do Carnaval
Puxe o fole sanfoneiro no balancê arretado
Vem brincar no cordel todo azul e dourado