Turismo

Projeto de R$ 2 bilhões: o que está por trás do parque de diversões da Cacau Show

Empresa promete a maior montanha-russa da América Latina, com estreia prevista para os próximos três anos. Em entrevista, o fundador Alê Costa explica por que a empresa decidiu investir tanto no setor de entretenimento

Por Rafaela Zem

O anúncio de que todas as marcas e ativos do Grupo Playcenter foram comprados pela Cacau Show pegou muita gente de surpresa. Afinal, não era novidade que os grandes parques de diversões brasileiros enfrentavam dificuldades e não tinham um histórico muito inspirador no país.

O próprio Playcenter é um exemplo disso. Um marco no coração de São Paulo, o parque viu seu público minguar e acabou fechando as portas em 2012. Desde então, a marca passou a operar miniparques em shopping centers pelo país, sem a mesma grandiosidade.

A ocorrência de acidentes foi um dos principais fatores que mudaram a história do Playcenter, mas as tentativas fracassadas de reestruturação e contenção de gastos pioraram a situação. Com um cenário cada vez mais desafiador e dívidas, a GP Investments – que possuía parte das ações do grupo – optou por desfazer-se do investimento.

Caso semelhante ocorreu com o Hopi Hari, que desde 2012 – ano em que uma adolescente de 14 anos morreu ao cair de um brinquedo que estava com uma cadeira quebrada – enfrenta sérias dificuldades financeiras. Em 2016, a empresa chegou a entrar com um pedido de recuperação judicial.

A exceção talvez seja o Beto Carrero World, localizado em Santa Catarina, que parece não enfrentar grandes problemas – ainda que em 2019 os rumores davam conta de que o parque poderia ser vendido à rede de restaurantes Madero ou à própria Cacau Show.

Com um negócio consolidado no varejo de chocolates, fica a pergunta: o que a Cacau Show pretende ao partir para o ramo do entretenimento?

E o próprio fundador da Cacau Show, Alê Costa, admite que “capturar a atenção das pessoas e dar esse gatilho” é parte de seu propósito com o projeto.

Cacau Park

A Cacau Show já deu seus primeiros passos no setor no ano passado, quando lançou dois miniparques temáticos. O momento é propício, já que as franquias do ramo tiveram um aumento de 16,6% em 2024, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).

O Cacau Park, porém, é muito mais ambicioso. Trata-se de um parque de diversões completo, com a maior montanha-russa da América Latina, trilhas no meio da floresta e vilas temáticas.

São mais de 100 atrações, além de hotéis e um boulevard a céu aberto com lojas, restaurantes e espaço para shows. A inauguração está prevista para daqui a três anos.

O empreendimento será construído em Itu, a 100 km de São Paulo, e promete ser maior que o Beto Carrero World. Tudo ao impressionante custo de R$ 2 bilhões.

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