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Investigação busca respostas para a maior tragédia aérea dos EUA em 24 anos

Avião comercial colide com helicóptero militar, e aeronaves caem no Rio Potomac, em Washington, matando 67 pessoas. Trump culpa política de diversidade pela queda nos padrões de segurança aérea. Especialistas avaliam prováveis causas

O pior acidente aéreo dos Estados Unidos nos últimos 24 anos deixou 67 mortos, levantou uma série de dúvidas e fez com que o presidente Donald Trump apontasse culpados, ainda no início da investigação.

Pouco antes das 21h de quarta-feira (23h em Brasília), um helicóptero militar Black Hawk, que fazia treinamento e levava três tripulantes, chocou-se no ar com um jato Bombardier CRJ700, que operava um voo regional da American Airlines, procedente de Wichita (Kansas).

O avião comercial transportava 64 pessoas e se preparava para pousar no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington. As duas aeronaves caíram nas águas geladas do Rio Potomac. 

Trump associou a política de diversidade dos antecessores Joe Biden e Barack Obama a uma queda nos padrões de segurança aérea.

“Eu ponho a segurança em primeiro lugar. Obama, Biden e os democratas puseram a política em primeiro lugar. Saíram com uma diretiva: ‘branco demais’. Nós queremos as pessoas que são competentes.”

Pete Buttigieg, ex-secretário dos Transportes dos EUA, chamou as declarações de Trump de “desprezíveis” e acusou o presidente de “demitir e suspender parte do pessoal-chave que ajudou a manter” a segurança aérea. Tanto Biden quanto Obama lamentaram a tragédia, se solidarizaram com as famílias das vítimas, agradeceram aos socorristas, mas não comentaram a fala do atual presidente republicano. 

As primeiras informações indicam para possíveis erros humanos e falhas operacionais. Um relatório preliminar interno de segurança da FAA, obtido pelo jornal The New York Times, concluiu que o número de funcionários da torre de controle aéreo do Aeroporto Ronald Reagan “não era normal” no momento do acidente.

A emissora CNN divulgou que um controlador do tráfego aéreo trabalhava em duas posições diferentes da torre.

Entre os passageiros do avião, estavam os patinadores artísticos russos Evgenia Shishkova e Vadim Naumov, campeões mundiais em 1994, além de outros atletas do esporte, como Spencer Lane e Jinna Han. 40 corpos tinham sido retirados do Rio Potomac. 

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