Requisito para a exploração de Petróleo no AP, Centro de Fauna está com 60% das obras concluídas em Oiapoque

Por Núbia Pacheco/Tv Equinócio

Com a previsão de conclusão até março deste ano, o Centro de Despetrolização e Reabilitação de Fauna em Oiapoque está com 60% das obras concluídas. Alguns pontos da Unidade já estão em fase de acabamento. A construção do Centro faz parte de um dos requisitos apontados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que a exploração de petróleo na Costa do Amapá possa ser licenciada pelo órgão.

Segundo o Ibama, é necessário existir um Centro de Defesa Ambiental e dois Centros de Despetrolização e Reabilitação de Fauna. Um dos Centros de Reabilitação já opera em Belém desde 2023 e o segundo, é o de Oiapoque, que já está em fase de conclusão das obras.

As comitivas do governo do Amapá e da Petrobrás visitaram as obras da unidade em Oiapoque, na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa, nesta quarta-feira (29). A unidade fica localizada distante 10 minutos do Aeródromo de Oiapoque.

Com espaços interno e externo, o Centro conta com um galpão que está sendo equipado com ambulatórios, centro cirúrgico, enfermaria, sala de estabilização, entre outros.

A unidade foi licenciada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), que considerou a construção do Centro um importante avanço.

“Aqui a gente está falando do centro de Fauna, que é um dos requisitos do licenciamento para a exploração do petróleo. Esse Centro de Fauna é o último item que está faltando para o relatório do Ibama e é de competência estadual fazer esse licenciamento, então a Secretaria de Estado de Meio Ambiente emitiu a licença prévia, a licença de instalação que permitiu com que a Petrobrás viesse para cá para a construção desse importante empreendimento para o licenciamento do petróleo”, detalhou a secretária da pasta, Taísa Mendonça.

Pensando na futura liberação da exploração do petróleo a cerca de 170 km da costa do Amapá, o governador do estado, Clécio Luís, revelou que já existem planejamento para a qualificação de mão de obra e se estuda o investimento no avanço de pesquisas nas universidades locais para suprir o mercado caso a Petrobrás obtenha a licença para a exploração na região.

“Nós contratamos uma consultoria e ela está fazendo todo o levantamento com todas as profissões e seguimentos que possam ser utilizados ou requeridos nessas fases de exploração e depois produção de petróleo. Claro que hoje nós não temos essa mão de obra, então nós estamos preparando a nossa universidade estadual, incentivando a Universidade Federal, o Instituto Federal e outras instituições para formar estes profissionais e o empresariado para poder se preparar para isso. Outra coisa importante é o plano de desenvolvimento de fornecedores, para suprir os tipos de matérias que nós podemos oferecer para essa operação. A maioria delas, no primeiro momento, não é produzida no Amapá, mas nós poderemos criar essa infraestrutura”, informou o governador.

Também está em produção o plano de governança para nortear como o Amapá vai investir os royalties de petróleo.

“Vamos apresentar para o Brasil e o mundo que uma parte desses royalties será para a preservação da floresta em pé, da floresta viva, outra parte vai para as comunidades tradicionais: indígenas, quilombolas, ribeirinhas, outra parte para financiar as pesquisas e tudo isso que falamos”, completou.