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Amigos do “Tio Sam”: nunca Brasil exportou tanto aos EUA como em 2024

Venda de mercadorias do Brasil para os EUA tem crescido e governo Lula visa manter relação comercial em bom nível na gestão Trump

Os Estados Unidos (EUA) foram o segundo país que mais comprou mercadorias do Brasil em 2024. Como reflexo da longeva relação comercial entre os dois países, no ano passado, as exportações brasileiras ao território norte-americano atingiram valor recorde.

A venda de mercadorias brasileiras somou US$ 40,3 bilhões – um aumento de 9,2% em comparação a 2023, quando os EUA importaram US$ 36,9 bilhões em produtos brasileiros. Nunca o Brasil exportou tanto para a terra do “Tio Sam” como no ano passado.

A importância do mercado americano é reconhecida pelo Governo Lula (PT). Na segunda-feira (6/1), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou que em 2024, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 74,55 bilhões – segundo maior saldo registrado na série histórica, dando destaque para a contribuição do mercado dos EUA.

A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, salientou: “Os Estados Unidos são um destino muito importante das nossas exportações. Em 2024 nós tivemos um recorde de exportações para o mercado americano. Nunca o Brasil vendeu tanto para os Estados Unidos quanto no ano de 2024. É um comércio composto por produtos de maior valor agregado em relação a outros destinos das exportações brasileiras. Envolve grande número de empresas. Então, é um mercado que nós apreciamos sob diversos aspectos”.

Essa recuperação considerável indica que o Brasil tem capacidade de ampliar o fluxo comercial com os EUA neste ano. No entanto, encara uma missão pela frente: a partir de 20 de janeiro o republicano Donald Trump assume a chefia da Casa Branca e prometeu, durante a campanha, aplicar tarifas “universais” de até 10% ou 20% sobre tudo o que é importado para os EUA.

No início desta semana, o jornal The Washington Post publicou que assessores econômicos de Trump têm estudado tarifas apenas em importações críticas, o que seria uma mudança considerável em relação aos planos do republicano.

De acordo com o jornal, a tarifação atingiria somente setores chaves para a segurança do país, como defesa bélica (por meio de tarifas sobre aço, ferro, alumínio e cobre); suprimentos médicos críticos (seringas, agulhas, frascos e materiais farmacêuticos); e produção de energia (baterias, minerais de terras raras e painéis solares).

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