Quatro em cada 10 brasileiros já fizeram compras impulsivas pela internet, diz pesquisa
Estudo mostra que, entre os mais jovens, o percentual de arrependimento chega a 45%
Uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) revela que quatro em cada 10 brasileiros já realizaram compras por impulso na internet e se arrependeram depois. Segundo o estudo, o percentual de arrependimento chega a 45% entre os mais jovens e 43% entre aqueles com maior escolaridade e maior renda.
Ainda segundo a pesquisa, seis em cada 10 brasileiros já compararam produtos pela internet. Os preços mais baixos e a praticidade estão entre as principais vantagens que levam os consumidores a escolher o ambiente virtual. Já os principais pontos negativos são a demora na entrega e as possíveis falhas de segurança durante o pagamento.
Segundo o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o consumidor deve refletir sobre sua situação econômica e a necessidade da compra. “Muitas vezes, o consumidor é levado a comprar por impulso, seja pela percepção de uma queda muito forte de preço ou por uma oportunidade que pode passar rapidamente”, explica.
“No entanto, ao fazer isso, ele não reflete sobre a real possibilidade e necessidade de fazer aquela compra, o que pode trazer impactos negativos, inclusive, na hora de fazer compras mais corriqueiras e necessárias”, observa Azevedo.
Compras online e problemas
O levantamento também mostra que as compras presenciais ainda são preferidas pela população. A preferência pelas lojas físicas ultrapassa os 80% em itens como móveis, alimentos e produtos para animais.
As roupas são os itens mais comprados no ambiente virtual, com 59% de frequência entre aqueles que já realizaram compras online. Em seguida, vêm os produtos de informática e equipamentos eletrônicos (44%), calçados e bolsas (44%), eletrodomésticos (37%) e utensílios para o lar (33%).
O mesmo estudo revelou que quase metade dos brasileiros já recebeu produtos com defeito ou diferentes do anunciado. Diante dessa situação, 44% devolveram ou trocaram o item, enquanto 34% consultaram o serviço de atendimento ao cliente e 18% se decepcionaram com a qualidade do produto.