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Crise ambiental no Pará: mortandade de peixes e falta de água atingem comunidades

A região de várzea do rio Amazonas sofre com a seca e baixos níveis de oxigênio

A região de várzea do rio Amazonas, no Pará, enfrenta uma grave crise ambiental, evidenciada pela morte em massa de peixes. Um laudo da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) apontou que a principal causa desse fenômeno foi a seca prolongada, que resultou em baixos níveis de oxigênio na água.

Essa condição levou a uma intensa competição entre os organismos aquáticos, comprometendo a sobrevivência das espécies. Os níveis de oxigênio dissolvido no canal de Aramanaí foram alarmantes, medindo apenas 0,15 mg/l, enquanto o ideal seria acima de 5 mg/l.

Além dos peixes, a mortandade afetou também jacarés, tartarugas e arraias. A situação foi inicialmente detectada por pescadores no dia 11, quando começaram a notar a morte de peixes mais vulneráveis, seguidos por espécies de maior valor comercial.

A comunidade local, que abriga cerca de 500 famílias, está enfrentando sérios problemas de abastecimento de água.

O igarapé do Costa, que costumava ser uma fonte vital, agora se resume a um pequeno filete. Apesar dos esforços dos pescadores para salvar os animais ainda vivos, a situação se agrava, com a mortandade persistindo.

Além da seca, a fumaça das queimadas na floresta e a falta de chuvas têm contribuído para a deterioração das condições ambientais.

A combinação desses fatores tem gerado um cenário preocupante para a fauna local e para a subsistência das comunidades que dependem da pesca e dos recursos hídricos da região.

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