Na Coreia do Sul, oposição pede impeachment de presidente que declarou lei marcial
Mandatário Yoon Suk Yeol sofre agora pressão de vários setores da sociedade sul-coreana e permanência no cargo é incerta
Os partidos de oposição da Coreia do Sul apresentaram uma moção para o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. Ele enfrenta pressão para deixar o cargo horas depois de encerrar uma lei marcial que levou as tropas a cercar o parlamento antes que os parlamentares votassem para revogá-la.
O impeachment de Yoon exigiria o apoio de dois terços do parlamento para a moção e, em seguida, o apoio de pelo menos seis juízes do Tribunal Constitucional. A moção, apresentada em conjunto pelo principal partido de oposição, o Partido Democrata e cinco partidos menores de oposição, pode ser colocada em votação já na sexta-feira (6).
Os principais conselheiros e secretários de Yoon se ofereceram para renunciar coletivamente. Membros de seu gabinete, incluindo o ministro da Defesa Kim Yong Hyun, também lidavam com a pressão pela renúncia.
Parlamentares estão pedindo a renúncia do presidente. Além disso, o principal sindicato sul-coreano anunciou uma greve geral até que Yoon renuncie.
O presidente da Coreia do Sul decretou lei marcial de emergência no país sob o argumento de conter grupos comunistas pró-Coreia do Norte que estariam “planejando uma rebelião”, mas não apresentou provas.