Meio Ambiente atualiza lista de municípios prioritários para ações contra desmatamento
Ao menos 50 cidades dos estados do MA, PI, BA, TO, PA estão incluídas no programa contra desmate no Cerrado
O Ministério do Meio Ambiente publicou uma atualização da lista de municípios prioritários para ações de prevenção, monitoramento e controle do desmatamento no Cerrado. Ao menos 50 cidades dos estados do Maranhão, Piauí, Bahia, Tocantins, Pará estão incluídas.
A inclusão dos municípios na lista faz parte do plano de ações para conter o desmate no bioma, lançado pelo governo em 2023. A atualização foi publicada em edição do Diário Oficial da União.
No Cerrado, a taxa oficial de desmatamento, entre agosto de 2023 a julho de 2024, foi de 8.174 km², a menor desde 2019, segundo a pasta. No período, o bioma registrou queda de 25,7% em relação ao mesmo intervalo, a primeira redução em cinco anos no bioma. A meta do governo federal é desmatamento zero em todos os biomas do país até 2030.
Dados do SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado), desenvolvido pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), apontam que o desmatamento no Cerrado resultou na emissão de ao menos 135 milhões de toneladas de CO2 (gás carbônico) entre janeiro de 2023 e julho de 2024. Esse volume de CO2 foi maior do que o emitido por automóveis de passeio e ônibus.
No ano passado, o desmatamento no Cerrado superou, pela primeira vez, o índice de devastação na Amazônia e se tornou o bioma mais afetado do país. De acordo com o relatório anual da Rede MapBiomas, divulgado nesta terça-feira (28), 1.110.326 hectares foram destruídos no Cerrado no ano passado, um aumento de 68% em relação a 2022.
Incêndios
Este ano, o Brasil registrou uma sequência de focos de incêndios, principalmente em regiões de Cerrado e Amazônia. Em agosto, por exemplo, por dia, o Brasil registrou ao menos 1.981 focos de incêndio em agosto, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que consideram o período entre 1º e 26. A média é o resultado total de 51.527 focos notificados no mês, o maior índice desde setembro de 2022, quando foram registrados 60.313.
Entre janeiro e junho deste ano, o Brasil registrou 35.938 focos de incêndio, número é o maior da série histórica. Com o índice, o país ocupa o segundo lugar entre as nações da América do Sul com maior número de focos de incêndios, ficando atrás apenas da Venezuela, que contabilizou 38.136.