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Renascença Amapaense: do inglês ao americano

 “… Para promover o Bem-estar da Pátria e da Humanidade,

Levantado Templos â virtude e cavando Masmorras ao vício”.

Autor: EDISON ROBERTO FONSECA FRAZÃO

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Loja Renascença Amapaense № 06/GLOMAP/Mestre Maçom

Transcorria o mês de maio de 1996, quando o abnegado “Ludovicense” Bernardino Ferreira Sena Filho, no seio familiar carinhosamente chamado de ”DICO”, nordestino “cabra bom”, reuniu um grupo de irmãos com objetivo de peticionar a fundação de uma nova loja Maçônica no Estado do Amapá.

O momento foi oportuno para que Dico colocasse em prática a realização de um desejo que carregava consigo desde sua infância, quando inspirado na convivência que teve com seu avô, um valoroso mestre maçom que atuou como fundador da loja Renascença Maranhense, fato que mais tarde serviu de inspiração para que Bernardino alimentasse o desejo que nutria de um dia honrar a memória de seu amado inspirador.

Bernardino, com seu jeito austero sempre fez questão de cultivar o modo como foi educado por seu avô, mencionando as lembranças de cunho familiar que o mesmo trazia consigo em sua rotina diária com gosto e muito orgulho, fazendo questão de reproduzi-lo tal qual na sua vida adulta.

A materialização do aludido sonho iniciou nos anos 60, quando o irrequieto sonhador saiu de sua cidade natal São Luiz, para se estabelecer em Macapá, inicialmente no segmento de lanchonete (COLORADO LANCHES) posteriormente com loja de tecidos (COLORADO TECIDOS), finalmente tornando-se um próspero e pioneiro comerciante no segmento de recarga e manutenção de extintores de incêndio (EXTIMAC).

Já em terra Tucujú, foi convidado para ingressar na Maçonaria e no dia de sua iniciação fez um juramento que fundaria uma loja Maçônica inspirada e em memória da loja que seu avô frequentava assiduamente, que seria denominada “Renascença Amapaense”, como retribuição ao gesto que a cidade tão acolhedora e de seu povo ordeiro e hospitaleiro lhe proporcionaram em sua trajetória empresarial.

Tomado as providências inicias quanto ao andamento da fundação da nova oficina finalmente um ano depois, o fato se consumou em uma reunião ordinária ocorrida no dia 26 de abril de 1997, devidamente chancelada pelo Decreto GLOMAP № 011/96-98.

Finalmente o que até então era um sonho, tornou-se realidade, quando 11 irmãos, dentre eles Bernardino, assinaram a promessa de obediência de cumprir e fazer cumprir as Leis e Regulamentos do GLOMAP, em sessão presidida pelo Grão Mestre Manoel Maciel, no templo da Augusta e Respeitável Loja Acácia do Norte № 02, outorgando a Carta Constitutiva permitindo assim a regularidade dos seus trabalhos e investindo a primeira tríade de luzes da loja Renascença Amapaense № 06, tendo à frente o seu primeiro Venerável Mestre, idealizador e fundador o irmão Bernardino.

Com o passar dos anos, a loja experimentou uma série de dificuldades e turbulências, notadamente quanto a dificuldade em reunir o número de irmão para o estabelecimento do quórum mínimo para abertura ritualística dos trabalhos, visto que, a oficina não dispunha até então, de um quadro de obreiros consistentes e regulares, chegando mesmo a condição indesejável de quase descontinuidade de suas atividades maçônicas. Nesse cenário, a Loja realizou bem poucas iniciações, independentemente da sucessão de veneráveis mestres ocorrida dentre os irmãos fundadores

A partir dos anos 2000, ainda com poucas reuniões ordinárias e sem uma significativa melhora no quadro relatado anteriormente, ocorreu uma divisão entre os obreiros, alguns descontentes com os rumos da oficina, outros por desavenças internas, fundaram uma nova Loja chamada Gnose Verdade № 11, adotando a prática do Ritual de Emulação originário da Escola Inglesa.

A partir de então, os irmãos remanescentes da Renascença, continuaram a praticar o “Yorkês”, ou inglês moderno, mudando posteriormente para o Rito de York oriundo da Escola Americana, até então pouco difundido despertando com isso, um grande interesse entre os obreiros, sendo a Renascença Amapaense a primeira Loja a adotar o referido rito na Região Norte.

Com novo ânimo, implementado pela mudança de rito e sem divisões internas os obreiros buscaram neófitos para novas iniciações e até mesmo fazendo novas filiações de maçons experientes, oriundos de outras lojas no sentido de conhecer o novo Rito além de ajudar a povoar qualitativa e quantitativamente a oficina.

Atualmente, a Loja Renascença Amapaense funcionando as quinta-feira conta com um quadro de 15 Veneráveis Mestres, 26 Mestres Maçons. 01 Companheiro de Ofício e 03 Aprendizes Registrados, números que certamente alegrariam o exigente e pontual Mestre Bernardino.

Não se pode olvidar que a Loja Renascença Amapaense com muito merecimento recebeu e ostenta em seu estandarte o titulo de BENEMERITA pelos seus mais de 25 anos de atividades ininterruptas 

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