Candidato a vereador é alvo da PF em investigação sobre compra de votos em Macapá
Segundo PF, eleitores eram atraídos a um consultório de fachada para receber dinheiro em troca de votos
Um candidato a vereador em Macapá foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal na segunda-feira, (30). A ação faz parte da Operação Voto Limpo, que investiga a compra de votos e falsidade ideológica eleitoral. A PF não confirmou oficialmente os nomes dos alvos da operação.
As investigações começaram após denúncias de que eleitores estariam sendo levados a um consultório de fachada para receber dinheiro em troca de votos.
Durante a operação, foram apreendidos R$ 5 mil em dinheiro, materiais de campanha e uma lista com nomes de mais de 100 eleitores, encontrados em um carro de uma pessoa que estava no local. A operação foi realizada em conjunto com o Ministério Público Eleitoral.
Segundo a Polícia Federal, os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção eleitoral e falsidade ideológica eleitoral. Em caso de condenação poderão a soma das penas chegar até 9 anos de reclusão, além do pagamento de multa e em caso de vitória nas urnas, a perda do mandato.
Investigações da Polícia Federal
Desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto, até 1º de outubro, a Polícia Federal abriu 2.161 inquéritos para investigar crimes eleitorais. Isso representa uma média de 50 inquéritos por dia envolvendo candidatos às prefeituras e câmaras municipais.
O crime mais investigado tem a ver com declarações falsas nas prestações de contas eleitorais, popularmente conhecido como “caixa dois”. Nesse intervalo, foram abertos 629 inquéritos para apurar casos desse tipo.
O segundo crime mais investigado é a compra de votos, com 535 inquéritos. Em seguida, com 255 inquéritos, vem a corrupção, que envolve a apropriação de recursos destinados ao financiamento de campanhas.