A Maçonaria no “Meio do Mundo”

“Santíssimo e Glorioso Senhor Deus,

Grande Arquiteto do Universo, doador de todas as benesses e graças.

Tu prometeste que onde dois ou mais estiverem reunidos em Teu nome,

Tu os abençoarás”

O Brasil é um dos maiores países do mundo. Com uma área territorial de 8.515.759 quilômetros quadrados, só perde para a Rússia, Canadá, Estados Unidos e China em extensão territorial.

Atualmente existem 5.570 municípios (5.568 municípios de fato, mas segundo critérios demográficos do IBGE considera como “municípios-equivalentes” dois entes federativos a mais: Brasília – como cidade coextensiva ao Distrito Federal, e o distrito estadual de Fernando de Noronha/PE), em todo território nacional.

Como já cantado em prosa e verso, tanto nossa extensão territorial nacional quanto nossas diversidades e características históricas de nossas cidades com suas peculiaridades, são há muito tempo “entraves” para o estabelecimento de diretrizes de políticas, sociais, culturais e educacionais, notadamente observado naqueles Estados mais afastados do eixo Sul/Sudeste.

Deixando de lados todas nossas mazelas urbanas, devemos louvar o esforço dos franco-maçons do meio do mundo, no estabelecimento de bases sólidas para implantar e desenvolver os mistérios que envolvem a grande ordem Salomônica no Estado, localizado na Região Norte do país, criado em 1994, com o advento da Lei estadual n° 171 de 8 de setembro do mesmo ano, dividindo-se em dezesseis municípios, um a mais que o Estado de Roraima.

Sua capital Macapá, é conhecida mundialmente como a única capital brasileira cortada pela Linha imaginária do Equador, que divide a cidade parte no hemisfério norte e outra parte no hemisfério sul.

A capital foi o primeiro município a ser criado no Amapá. Abriga a maior parte da população do Estado, estimada em 456.171 habitantes, concentrados na área urbana. Possui um território de 6.562,41 km², sendo a  quinta cidade mais populosa da região Norte 

Com base de atuação principal na capital Macapá, a Grande Ordem dos franco-maçons possui três potências em plena atividade e perfeita harmonia entre si.

Cronologicamente o Grande Oriente do Brasil começou suas atividades em 1998 como Delegacia do vizinho Estado do Pará. Desde então, seus integrantes sempre buscaram desvincular-se dos paraenses, fato esse que inibia consideravelmente as decisões locais, que cada vez mais necessitavam de celeridade em seu processo de gestão.

De tanto almejarem sua autonomia, que em 2002 tiveram sua delegacia estadual subordinada ao poder central Gobiano. Finalmente, seus esforços foram recompensados em 2021 quando foram elevados a condição de Grão mestrado.

Ao longo dessa trajetória vitoriosa, a potência experimentou avanços considerados, contando atualmente com um templo próprio abrigando sete ritos (REAA, ADONIRAMITA, BRASILEIRO, SCHROEDER, MODERNO, RER e EMULAÇÃO). As reuniões templárias da maioria das suas dezoito lojas simbólicas, contando com um contingente de 405 irmãos ativos ocorrem na capital. Os graus superiores, também são praticados na Potência pelos ritos REAA, ADONIRAMITA, BRASILEIRO e ARCO REAL.

A Grande Loja Maçônica do Amapá – GLOMAP, tem também uma bela história em sua trajetória em solo Tucujú. Sua loja “primogênita” Duque de Caxias, possui 75 anos de fundação, fruto de sua antiga subordinação com o Estado do Pará.

Com o esforço de valorosos maçons, obtiveram um crescimento enorme, fato esse que justificou a construção do segundo templo para abrigar a loja “Acácia do Norte,” que já conta com seus cinquenta e seis anos de atividades.

Além de dos dois imóveis já citados, inaugurou recentemente o Palácio Maçônico, onde demanda as atividades administrativas da Grão mestrado.

A Grande Loja do Amapá, abriga em suas 13 lojas, praticando cinco ritos simbólicos (REAA, YORK, SCHROEDER, RER e EMULAÇÃO), além de “chancelar” os graus filosóficos como (REAL ARCO e REAA). Seu contingente de 456 obreiros ativos reúne-se em uma estrutura predial de quatro imóveis, sendo três na capital e um no município de Santana

O Grande Oriente Independente do Amapá – GOAP, tem uma estrutura de seis lojas, reunindo cento e oitenta obreiros ativos, praticando dois ritos simbólicos (REAA e ADONIRAMITA), funcionando em um prédio principal na capital.

A fundação da Potência em 2002. teve como tríade estrutural as lojas “Obreiros Marco Zero № 01”, “Barão do Rio Branco № 02” e “Osmar Gonçalves de Castro № 03”

Como se observa, o setentrião nacional, está dotado de uma infraestrutura maçônica de qualidade e quantidade que garantem a continuidade de suas atividades templárias, fazendo com que a sociedade Amapaense possa contar com a valiosa presença de homens livres e de bons costumes.