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Brasil teria de investir R$ 242 bi em reformas de casas para garantir acesso ao saneamento

Maioria dos lares que precisa de reparos é de famílias pobres ou da classe de renda média baixa, diz levantamento

Para adequar todas as casas do país a uma infraestrutura que garanta o acesso ao saneamento básico, são necessários R$ 242,5 bilhões em investimentos, segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto Trata Brasil.

De acordo com o levantamento, cerca de 75% desse valor (quase R$ 182 bilhões) teriam de ser usados nas reformas de lares de famílias com rendas mais baixas ou médias, de até R$ 5.724 por mês.

O levantamento alerta para a necessidade de implementação de políticas públicas que possam auxiliar as famílias, em especial as mais pobres, a fazer as reformas necessárias nos seus lares a fim de que possam ter acesso a serviços como água tratada, tubulação para distribuição de água dentro da residência e coleta de esgoto.

Segundo a pesquisa, o valor de R$ 242,5 bilhões estimado para a readequação das casas do país exigiria, por exemplo, um gasto anual de pelo menos R$ 24,3 bilhões por ano até 2033. O Trata Brasil frisa que esse montante é bastante superior ao que as famílias brasileiras gastaram em 2018 com reformas dentro de casa: R$ 13 bilhões (valores a preços de 2023).

Famílias sem acesso a serviços de saneamento básico

Cerca de 37,5% da população brasileira não têm acesso à rede de esgoto, segundo o Censo Demográfico de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Considerando os lares de famílias com renda mensal de até R$ 1.908, são 22,2 milhões de casas no país sem acesso à água tratada, sem canalização, com indisponibilidade de reservatório, com insuficiência de banheiro ou com falta de coleta de esgoto.

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