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Nasa diz que cápsula Starliner retorna à Terra na próxima semana; astronautas ficam “presos” no espaço até 2025

Nave espacial problemática se desacoplará do laboratório orbital e voltará remotamente, sem Butch Wilmore e Suni Williams, quem têm retorno previsto apenas para fevereiro

Após 12 semanas no espaço, a nave espacial Starliner da Boeing está finalmente pronta para retornar da Estação Espacial Internacional em 6 de setembro – embora sem sua tripulação de duas pessoas.

A nave espacial problemática se desacoplará do laboratório orbital por volta das 19h (horário de Brasília) e passará cerca de seis horas manobrando mais perto de casa antes de pousar por volta da 1h no Porto Espacial White Sands, no Novo México.

Os astronautas que viajaram a bordo da Starliner para a estação espacial em 5 de junho, Butch Wilmore e Suni Williams, permanecerão a bordo do laboratório orbital.

A Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) anunciou em 24 de agosto que especialistas estavam preocupados com vazamentos de gás e problemas com o sistema de propulsão da cápsula Starliner, levando a agência a determinar que a espaçonave não é segura o suficiente para terminar sua missão com a tripulação a bordo.

“A nave espacial Starliner não tripulada realizará um retorno totalmente autônomo com controladores de voo no Starliner Mission Control em Houston e no Boeing Mission Control Center na Flórida”, de acordo com uma atualização da Nasa publicada nesta quinta-feira (29). “Equipes em terra são capazes de comandar remotamente a nave espacial, se necessário, por meio das manobras necessárias para um desacoplamento seguro, reentrada e pouso assistido por paraquedas no sudoeste dos Estados Unidos”.

O desempenho do veículo Starliner durante sua viagem de retorno pode ser crucial para o futuro do programa geral da Boeing.

Se a espaçonave sofrer um acidente ou a Nasa decidir não certificar o veículo para voos espaciais humanos – uma medida que prepararia o veículo para fazer viagens de rotina à órbita – isso representaria mais um golpe para a reputação já abalada da Boeing.

Repetir esse voo de teste e implementar reformulações no Starliner pode custar milhões de dólares à empresa – além dos cerca de US$ 1,5 bilhão que a empresa já registrou em perdas no programa Starliner.

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