Resolução da OEA sobre Venezuela é rejeitada; Brasil se abstém
O texto pedia a publicação das atas eleitorais e a revisão dos resultados da eleição no país
A resolução discutida pelos países membros da OEA sobre a situação na Venezuela foi rejeitada pela maioria nesta quarta-feira, 31. O texto pedia a publicação das atas das seções eleitorais e a revisão dos resultados da eleição que reelegeu Nicolás Maduro.
Eram necessários 18 votos para aprovar a resolução, mas só 17 foram favoráveis à proposta. 16 países se abstiveram, entre eles, o Brasil.
Os países pretendem agora se manifestar de forma individual em relação à situação no país. O governo brasileiro diz manter uma posição neutra em relação à crise venezuelana, reforçando a necessidade da publicação dos boletins com registros dos votos nas urnas para reconhecer o resultado divulgado pelo órgão eleitoral do país, ligado ao chavismo.
Em pronunciamento, presidente Nicolás Maduro não falou sobre a publicação das atas eleitorais, condenou manifestações e culpou os Estados Unidos, líderes da direita internacional, como o ex-presidente Bolsonaro, de quererem derrubá-lo. O venezuelano também ameaçou uma nova etapa da revolução bolivariana com novas características.