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Amapá perde a pioneira da cultura dos ‘ladrões’ de marabaixo: ‘Tia Zefa’

A pioneira do estado do Amapá, Josefa Lina da Silva, carinhosamente chamada de ‘Tia Zefa’, morreu no final da tarde desta terça-feira, (23), aos 108 anos, em Macapá. 

‘Tia Zefa’ era conhecida pelos vários ‘ladrões’ de marabaixo, eternizados na memória da comunidade negra do Amapá. 

O velório está sendo realizado no Centro de Cultura Negra, na rua General Rondon, centro da capital.

A causa da morte não foi divulgada. A matriarca teve 8 filhos, 45 netos, mais de 60 bisnetos e 17 tataranetos e encantava as pessoas pelo jeito alegre de cantar e dançar marabaixo. 

História

O repórter Éder Brasil (TV Equinócio) realizou uma reportagem na época que a pioneira completou seus 108 anos. Confira:

O tempo, segundo a ciência é uma grandeza física presente não apenas no cotidiano como também em todas as áreas e cadeias científicas. Uma definição do mesmo, em âmbito científico, é por tal não apenas essencial como também, em verdade, um requisito fundamental.

Contudo, isso não significa que a ciência detenha a definição absoluta de tempo, afinal, a humanidade observa o tempo de muitas formas, e um segundo pode ser pouco ou muito a depender da situação.

São muitas historias na memória, Josefa Lina da Silva, uma macapaense conhecida como tia Zefa do Quinca, é pioneira do bairro Laguinho, cantora, compositora de incontáveis “ladrões” de marabaixo, sua vida está intronizada a cultura negra do Amapá, coisas que o tempo não apaga da mente.

Tia Zefa nasceu em 1916, onde viveu na antiga vila de São José de Macapá. Ela guarda o amor da família e a vida na região com muita alegria, coisas que são vividas com o tempo.

Ela continua cantando cultura, cantando o amor da família, cantando as memorias do marabaixo e de Macapá, ela segue cantando, por que sua voz e seu ser nem mesmo o tempo poderia esquecer.

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