Sem leilão, governo vai propor acordo com setor produtivo para monitorar preço do arroz
Com a desistência da compra internacional, expectativa é de que um termo de compromisso seja assinado para evitar alta de preços
Com a desistência de realizar um leilão para a compra internacional de arroz, o governo federal deve assinar um termo de compromisso com o setor produtivo.
A ideia é incluir no documento a previsão de um monitoramento conjunto do setor público e da iniciativa privada sobre preços e abastecimento.
Um entendimento nesse sentido tem sido construído pelo presidente da Conab, Edegar Pretto. O leilão, que teve suspeitas de irregularidades, foi promovido pela entidade.
A ideia do acordo é de que a Conab monitore o mercado de arroz e, onde houver problema de abastecimento, o setor produtivo se comprometa a colocar mais produto para baixar o preço.
O assunto deve ser discutido na tarde de hoje, às 17h30, no Ministério do Desenvolvimento Agrário, com representantes do governo federal e do setor produtivo.
A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (2), um convite para que Thiago José dos Santos, exonerado do cargo de diretor-executivo da Conab, seja ouvido em audiência pública.
Uma pesquisa apontou que um em cada dez mercados registrava falta de arroz nas prateleiras em maio. As chuvas no Rio Grande do Sul levaram consumidores a realizar “compras de pânico”, elevando demanda além do habitual do produto.