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Mutação rápida e risco de morte: é assim que seria uma pandemia de gripe aviária em humanos

Autoridades acompanham com preocupação a evolução da doença desde os primeiros animais infectados

Tanto quanto sabem as autoridades de saúde pública, o surto de gripe aviária em gado leiteiro atingiu apenas três trabalhadores rurais nos Estados Unidos até o momento. Todos apresentaram sintomas leves.

Mas isso não garante que o vírus, chamado H5N1, permanecerá benigno se começar a se espalhar entre as pessoas. As provas acumuladas do mundo animal e os dados de outras partes do mundo, na verdade, sugerem o contrário.

Algumas vacas leiteiras nunca se recuperaram do H5N1, e acabaram morrendo ou sendo abatidas por conta disso. Andorinhas-do-mar infectadas pareciam desorientadas e incapazes de voar. Filhotes de elefante-marinho tiveram dificuldade para respirar e desenvolveram tremores depois de contrair o vírus. Gatos infectados ficaram cegos, andando em círculos, e dois terços deles pereceram.

“Definitivamente, não podemos ser complacentes. O H5N1 é um tipo de vírus da gripe altamente patogênico. Precisamos ficar realmente atentos para que ele não se espalhe entre os seres humanos”, afirmou Anice Lowen, virologista da Universidade Emory.

Em testes com furões inoculados com o vírus pelos olhos – a via presumida da infecção nos trabalhadores rurais dos EUA –, o vírus se espalhou rapidamente para as vias aéreas, os pulmões, o estômago e o cérebro, de acordo com um relatório publicado na quarta-feira.

Outros estudos encontraram padrões semelhantes em camundongos alimentados com leite contaminado. As descobertas sugerem que, mesmo se for contraído pelos olhos ou pelo sistema digestivo, isso não significa que o vírus seja menos ameaçador.

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