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Greve no Ibama paralisa setores estratégicos da economia

Movimento começou em janeiro; paralisação anunciada para esta segunda-feira (24) pode atrasar ainda mais a emissão de licenças e comprometer atividade de fiscalização

Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de 18 unidades da federação decidiram entrar em greve. Boa parte a partir desta segunda-feira (24). É o caso do Acre, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul e Tocantins. Outros estados aderiram à paralisação a contar do dia 1º de julho.

Os servidores reivindicam aumento salarial e reestruturação da carreira, com equiparação de salários aos da Agência Nacional de Águas (ANA), passando do atual valor inicial de R$ 8.817,72 para R$ 15.058,12. O Ministério da Gestão alega que ofereceu reajuste de 19% a 30%, mas até o momento não recebeu retorno da categoria.

Apesar de a greve ter início agora, desde o começo do ano os servidores realizam operação padrão. O que tem travado a emissão de licenças e a atividade de fiscalização.

Levantamento da Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema) mostra que, de janeiro a maio, o Ibama aplicou 3.185 autos de infração. Queda de praticamente 65% em relação ao período de 2023, quando foram registrados 8.792 autos. Houve ainda redução de 52% na emissão de licenças ambientais somente nos primeiros 30 dias do ano.

O impacto maior é sentido pelo setor de óleo e gás. Segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a operação padrão tem feito o país deixar de produzir cerca de 80 mil barris por dia, ou 2,4 milhões de barris por mês, com prejuízo mensal a economia de US$ 200 milhões.

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