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Israel bombardeia campos de refugiados em Gaza, dizem médicos

Forças israelenses intensificam ofensiva no centro e norte do enclave; pelo menos 14 morreram, segundo palestinos

Vários ataques aéreos israelenses no centro e norte da Faixa de Gaza durante a madrugada desta quinta-feira (20) mataram pelo menos 14 pessoas e feriram dezenas de outras, segundo médicos. Os tanques de Israel também assumiram o controle da maior parte das áreas em Rafah no sul, disseram moradores.

Os aviões israelenses atingiram uma casa no campo de Al-Nuseirat, matando duas pessoas e ferindo outras 12, enquanto tanques bombardearam áreas nos campos de Al-Maghazi e Al-Bureij, ferindo muitas outras pessoas, disseram funcionários de saúde.

Nuseirat, Maghazi e Bureij são três dos oito campos históricos de refugiados de Gaza. Em Deir al-Balah, uma cidade repleta de deslocados no centro da Faixa de Gaza, um ataque aéreo israelense matou um palestino e feriu vários outros na quinta-feira (20), disseram médicos.

Mais tarde nesta quinta-feira (20), um ataque aéreo israelense contra uma casa no bairro de Zeitoun, na cidade de Gaza, matou sete palestinos, disseram médicos. Militares israelenses não comentarem imediatamente o ocorrido.

Outro ataque aéreo contra uma casa a oeste de Gaza matou um jornalista da TV Al-Aqsa, controlada pelo Hamas, informou a mídia do grupo militante. O escritório de mídia do governo de Gaza, administrado pelo Hamas, disse que a ofensiva israelense matou 152 jornalistas desde 7 de outubro.

Os militares israelenses disseram na quarta-feira (19) que as forças continuavam operações em todo o enclave, visando militantes e infraestrutura militar, no que descreveram como atividades “precisas e baseadas em inteligência”.

Mais de oito meses após o início da guerra em Gaza, o avanço de Israel concentra-se agora nas duas últimas áreas que as suas forças ainda não tinham atacado: Rafah, no extremo sul de Gaza, e a área que rodeia Deir al-Balah, no centro. As operações obrigaram mais de um milhão de pessoas a fugir desde maio, a grande maioria já deslocada de outras partes da região.

Em Rafah, perto da fronteira com o Egito, os tanques israelenses estacionados nas zonas oeste e central da cidade intensificaram os bombardeios, forçando mais famílias que viviam nas zonas costeiras distantes a fugir. Alguns moradores disseram que o ritmo da operação foi acelerado nos últimos dois dias.

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