Brasil

Chuvas voltam a cair com intensidade e potencializam transtornos no RS

Combinação de frio do Sul e ar quente e úmido do Norte deve piorar cenário. Um ciclone extratropical também contribui para severidade

De quarta para quinta-feira, (22 e 23), a chuva voltou com intensidade ao Rio Grande do Sul. Houve aumento do nível das águas do Guaíba, e áreas que haviam secado voltaram a ter imóveis alagados. Em Porto Alegre, aulas foram suspensas, e escolas passaram a funcionar como abrigos.

Os volumes de precipitação mais expressivos são impulsionados pela atuação de uma frente fria combinada com uma massa de ar frio de origem polar que contrasta com o ar quente e úmido vindo do Norte.

“O ar frio é mais denso que o ar quente. Logo, quando a massa de ar frio avança em direção a massa de ar quente, o ar quente e úmido tende a subir para níveis mais elevados da atmosfera. Na sequência, este ar expande, por causa da diminuição da pressão atmosférica com a altitude e, então, esfria até condensar, formando nuvens de tempestades”, detalha a professora Nathalie Tissot Boiaski, dos cursos de graduação e pós-graduação em Meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

De quinta para esta sexta-feira (24/5), forma-se um ciclone extratropical, na altura da costa gaúcha, conforme divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Esse fenômeno vai potencializar o contraste entre quente e frio, resultando em tempestades e rajadas de vento que podem chegar a até 80 Km/h.

A chuva que voltou com intensidade nos últimos dias resultou em expressivo volume de água: Rio Pardo (84,6 mm), Jaguarão (61,4 mm) e Capão do Leão (49,8 mm). Alguns municípios da região têm média mensal na casa dos 100 mm.

Durante o dia, a chuva continuou. A estação do Inmet Belém, em Porto Alegre, registrou 137 mm entre as 3h e 19h de quinta. O equipamento de monitoramento pluviométrico do Jardim Botânico apurou 111 mm ao longo do dia.

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