Brasil

Juros do cartão de crédito voltam a subir em março após dois meses de queda

Taxa do cheque especial, segunda linha de crédito mais cara, voltou a ficar mais barata em março e chegou a 127,6% ao ano, diz BC

A taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito voltou a subir em março após dois meses seguidos de queda e chegou a 421,3% ao ano, maior nível desde o início de 2024. O indicador teve alta de 9,4 pontos percentuais de fevereiro para março. A informação consta das Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas nesta sexta-feira (3) pelo Banco Central.

Na prática, qualquer dívida no cartão de crédito feita há um ano cresce cinco vezes se o consumidor não pagar a fatura no dia do vencimento.

Por exemplo, o consumidor que devia R$ 800 em janeiro do ano passado precisa desembolsar um adicional de R$ 3.370,40 para quitar o saldo devedor com a instituição financeira após um ano, totalizando uma dívida de R$ 4.170,40.

Em dezembro do ano passado, o Conselho Monetário Nacional determinou um limite de 100% para as taxas de juros do rotativo. Essa decisão entrou em vigor este ano e vale para as dívidas contraídas a partir de janeiro.

Sendo assim, com a nova norma, se a dívida for de R$ 200, por exemplo, o valor total, com a cobrança de juros e encargos, não poderá exceder R$ 400.

Cheque Especial

O cheque especial, segunda linha de crédito mais cara disponível no mercado, que está embutida na conta-corrente dos brasileiros, voltou a cair em março. Os juros médios chegaram a 127,6% ao ano, 4,5 pontos percentuais a mais do que o registrado em fevereiro.

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