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Juízes diagnosticados com autismo promovem roda de conversa para desmistificar o TEA

Juíza Laura Costeira e juiz Davi Khols tiveram diagnósticos laudados já na fase adulta. Tema ainda é carregado de muito tabu e preconceito

Elden Carlos / Editor

A Central de Acessibilidade do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), realiza no dia 2 de abril – data que marca o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e abertura da campanha Abril Azul – uma roda de conversa com a juíza Laura Costeira, as servidoras Oriana Comesana e Artilar Quintas, além do juiz Davi Khols. O evento será realizado no Fórum de Macapá a partir das 9h da manhã.

O objetivo da ação é contribuir com a criação de uma sociedade mais inclusiva também para o público que vive ou convive com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) – sejam as pessoas com TEA ou seus familiares e amigos. O público-alvo do encontro é formado pela comunidade em geral, mas também magistrados, servidores e familiares.

De acordo com a juíza Laura Costeira, a roda de conversa foi pensada como forma de estimular a inclusão e desmistificar o TEA. “Queremos mostrar, com minha participação e do colega David Khols, pois nós dois nos descobrimos autistas – fomos laudados e tudo – que isso é uma mudança de chave muito grande, mas, ao mesmo tempo, pode mostrar que a pessoa com transtorno pode qualquer coisa”, explicou a magistrada.

“Obviamente que alguns têm certas limitações, mas temos que acabar com o preconceito e podemos demonstrar que a pessoa com autismo tem capacidade para exercer praticamente qualquer atividade, estar em qualquer espaço, basta que todos tenham conhecimento disso e mudem esse pensamento capacitista em relação ao autismo e outras deficiências”, defendeu a juíza.

“Essa é a nossa pauta de terça-feira, e acho que vai ser esclarecedor para muitos servidores, magistrados e para a comunidade em geral, que podem se ver nessa situação de descobrir por meio de um diagnóstico tardio ou mesmo para aqueles que têm filhos ou outras pessoas em casa, na sua família ou no seu círculo social que vivem ou convivem com o TEA”, afirmou a magistrada.

A roda de conversa será realizada no Plenário do Fórum de Macapá – entrada pela rua Manoel Eudóxio pereira. O evento inclui programação artística: na abertura, um recital de piano com Cauê Antônio Soares e João Quintas (filhos de servidores) e no encerramento, a performance do juiz Davi Khols.

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