Com paralisação do Ibama, setor do petróleo deixa de ganhar R$ 3,4 bi
Paralisação do Ibama começou em janeiro deste ano para reivindicar reajuste salarial e reestruturação de carreira
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que representa as empresas do setor, informou que deixaram de faturar R$ 3,4 bilhões desde o início da paralisação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em janeiro deste ano.
O Ibama anunciou a paralisação de atividades externas ainda no começo do ano. Os servidores do órgão pedem reestruturação de carreira e reajuste salarial. Sem a solicitação atendida, as autorizações para processos de licitação estão paralisados desde então.
Ainda de acordo com o IBP, a paralisação do setor ambiental também impacta as economias municipais, estaduais e federal, com a perda de arrecadação de R$ 1 bilhão em tributos durante os últimos três meses.
“O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), principal representante do setor de petróleo e gás no país – setor que representa 10% do PIB industrial no país, e hoje é o segundo item da pauta de exportações brasileiras – defende que se encontre uma solução satisfatória e a curto prazo para que seja encerrada a mobilização do IBAMA, que já ultrapassa 75 dias e tem afetado projetos importantes”, diz o comunicado.
Ainda de acordo com o Instituto, no Brasil R$ 900 bilhões estão programados para serem investidos nos próximos 10 anos e outros R$ 100 bilhões deverão ser destinados para 20 novas plataformas até 2028, para produção de petróleo e gás natural. No entanto, a destinação desses valores pode ser adiada com a continuação da paralisação.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos afirma que está em constante diálogo com os servidores da área ambiental. Segundo a pasta, foi aprovado reajuste linear de 9% para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no auxílio alimentação. No entanto, não apresenta resposta às outras reivindicações da categoria.