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Execução de líder comunitário foi determinada pelo crime organizado, revela investigação policial

Nildo Moreira, de 52 anos, tinha projetos sociais no bairro Congós, Zona Sul da capital, onde ele foi morto

Elden Carlos / Editor

A Delegacia de Homicídios cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (20), sendo três deles no bairro Congós, Zona Sul da capital, e um no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). As ordens judiciais foram requeridas pelo delegado Leonardo Alves, que preside o inquérito que apura o assassinato do líder comunitário Nildo Costa Moreira, de 52 anos, que foi executado a tiros no dia 29 de janeiro deste ano na arena do bairro Congós, onde ele mantinha vários projetos sociais.

Para a polícia, não existem mais dúvidas de que Nildo teve a morte decretada por líderes de uma organização criminosa. A vítima também atuava com denúncias de combate ao tráfico de drogas na região, o que teria despertado a ira dos faccionados que atuam naquela área. Durante as buscas foram encontradas e apreendidas munições de fuzil calibre 7,62mm, aparelhos celulares e munições calibre 9mm, a mesma utilizada para assassinar o líder comunitário.

“Logo após receber o caso, iniciamos as diligências para reunir os elementos necessários para representar pelo pedido das ordens judiciais. Apreendemos esse material e munições compatíveis com os estojos recolhidos na cena do crime. O que podemos dizer nesse momento é que dois suspeitos decidiram colaborar com as investigações e o caso está próximo de um desfecho definitivo com a sua elucidação total”, explicou o delegado.

A polícia não revelou ainda os nomes dos investigados para não comprometer os trabalhos, mas a ordem para execução de Nildo Moreira partiu de dentro do Iapen. A partir da apreensão do material deve ocorrer o desdobramento das investigações.

Relembre o caso

O líder comunitário Nildo Costa Moreira, de 52 anos, que presidia a Associação Desportiva e Recreativa do bairro Congós, na Zona Sul de Macapá, foi assassinado com pelo menos quatro tiros de pistola calibre 9mm na tarde do dia 29 de janeiro deste ano, na Arena Lauro Farias, localizada entre as avenidas Evandro Carneiro e Melo e Cabo Velho. No local também funcionava uma biblioteca pública que Nildo construiu embaixo da arquibancada no ano de 2020.

À polícia, testemunhas relataram que a vítima estava próxima à cabine de narração acompanhando uma partida de futebol quando dois suspeitos – que estavam de bicicleta – se aproximaram. O líder comunitário foi alvejado várias vezes e caiu na lateral do alambrado. A dupla fugiu em seguida.

Policiais do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM) foram acionados e realizaram diligências na região, mas não lograram êxito na captura dos suspeitos. Nildo ainda foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Emergências, mas não resistiu aos ferimentos.

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