Operação mira esquema que movimentou R$ 9 milhões em drogas entre Amapá, Pará, Amazonas e Santa Catarina
Operação Tepes cumpriu dezenas de mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e sequestro de bens e valores dos investigados
Elden Carlos /Editor
A Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DETE), da Polícia Civil do Amapá, cumpriu 78 ordens judiciais nesta quarta-feira (13) durante a Operação Tepes, que alcançou ainda os estados do Pará, Amazonas e Santa Catarina. Foram expedidos pela justiça amapaense oito mandados de prisão preventiva, 56 mandados de busca e apreensão, além de outros 56 bloqueios de contas bancárias e sequestro de bens e veículos.
A operação foi deflagrada a partir de uma minuciosa investigação que apura um esquema interestadual de tráfico de drogas. Segundo a polícia, o principal líder do esquema integra a organização criminosa carioca Comando Vermelho (CV) com tentáculos no Amapá. Ele foi preso na cidade de Palhoça (SC), de onde coordenava a logística para transporte e distribuição das drogas no estado amapaense.
Apenas um dos oito mandados de prisão não foi cumprido e o alvo é considerado foragido. Um outro operador com posto de comando dentro da organização foi preso em flagrante em Ananindeua (PA). Com o preso, de 35 anos, foram encontradas duas pistolas calibre 9mm.
Na capital, Macapá, houve a prisão de dois suspeitos por tráfico de drogas e uma prisão por posse ilegal de arma de fogo. Com o homem foi apreendida uma pistola calibre .40. As investigações revelam ainda que em seis meses os criminosos movimentaram cerca de R$ 9 milhões.
O dinheiro do tráfico era ‘lavado’ em uma empresa de fachada sediada na cidade de Tabatinga (MA), que faz fronteira com a cidade de Letícia, na Colômbia, considerada pelas autoridades como uma das maiores rotas do tráfico internacional de drogas.
Os investigados vão responder por tráfico ilícito de drogas, pertinência a organização criminosa e lavagem de capitais. Somadas as penas, a condenação pode chegar a 43 anos de prisão.
