Após quatro dias de buscas, catraieiros localizam corpo de operador de empilhadeira
Corpo emergiu próximo ao local onde empilhadeira que Renan operava no porto da CDSA caiu dentro do rio Amazonas. Corpo foi reconhecido pelo irmão da vítima no local
Rodrigo Sales e Elden Carlos / Da Redação
Após quatro dias de intensas de buscas, o corpo de Renan da Silva Lobato, de 30 anos, foi encontrado no início da noite desta sexta-feira (19) por catraieiros próximo do local onde a empilhadeira caiu dentro do rio Amazonas na última terça-feira (16), quando Renan manobrava o equipamento em cima de uma balsa no porto da Companhia Docas de Santana (CDSA).
A empilhadeira estava em profundidade estimada de 32 metros, e foi içada na quinta-feira (18). Mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) relataram que com a subida da maré o nível de profundidade chegou aos 39 metros no local, alcançando a borda de segurança para mergulho em grandes profundidades
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Veríssimo, confirmou que Renan foi encontrado por ribeirinhos. O vice-presidente da Associação de Catraieiros da Ilha de Santana, Rafael Pereira, afirmou em entrevista ao Equinócioplay, por telefone, que o irmão do operador, Luan Lobato, que também acompanhava as buscas, fez o reconhecimento do corpo de Renan no local.
“O corpo boiou próximo ao local onde a empilhadeira afundou. Os catraieiros que seguiam nas buscas pela noite localizaram o cadáver e fizeram o resgate. O irmão do Renan acompanhava os trabalhos e reconheceu o corpo na hora. Ele está muito abalado. Infelizmente o encontramos sem vida”, disse Rafael.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, coronel Alexandre Veríssimo, uma força-tarefa foi criada para realizar o trabalho de busca superficial na área mapeada estrategicamente. A ação contou com o trabalho integrado da Marinha e Exército brasileiro, Corpo de Bombeiros, Associação de Catraieiros da Ilha de Santana, Defesa Civil Municipal e prefeitura de Santana. Foram empregadas no serviço 9 voadeiras, duas motos aquáticas e 3 lanchas de maior porte. Além disso, dois drones auxiliaram na operação de busca.
Renan deixa uma esposa viúva e dois filhos órfãos. Ele era morador da Ilha de Santana.
