Além de comprar com antecedência, vale a pena apostar em voos realizados entre terça e quinta-feira e em linhas com escalas
As passagens aéreas estão entre os subitens que mais contribuíram para manter a participação do grupo de transportes na alta do índice de inflação mensal, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) neste ano. Na apuração referente a outubro, as tarifas aéreas apresentaram aumento de 23,7%, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (10).
O valor mais elevado dos bilhetes de avião neste mês já era esperado, pois tinha sido previsto na divulgação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação, que mostrou alta de 23,75% desse subitem, em 16 de outubro. Além disso, as passagens aéreas já tinham registrado aumento no IPCA-15 e no IPCA de setembro, de 13,29% e 13,47%, respectivamente.
“Trata-se de um subitem muito volátil [que muda de maneira fácil ou frequente, é incerto, inconstante] e que acabou elevando a inflação de serviços [em outubro]”, disse, em nota, Alexandre Maluf, economista da XP, sobre o resultado do IPCA-15.
Para André Almeida, gerente responsável pela pesquisa do IBGE, a alta pode estar relacionada ao aumento no preço do QAV (querosene de aviação) e com a proximidade das férias de fim de ano.
A elevação dos preços dos bilhetes de avião em outubro, aliás, não está fora do normal para o setor: ela costuma acontecer nessa época, quando as famílias começam a planejar as viagens de fim de ano.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o valor das passagens aéreas tem sofrido oscilações em decorrência de diversos fatores, como o já mencionado preço do QAV e a taxa de câmbio, que determina a variação do dólar em relação ao real.