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Homem que matou enteada no ano de 2000, em Santana, é condenado a 22 anos de prisão

Manayra Medeiros tinha apenas 3 anos quando foi arremessada dentro do rio Amazonas, na área portuária de Santana, pelo padrasto, Ediomar da Mota. Ele ficou foragido por 18 anos

Elden Carlos / Editor

O réu Ediomar da Mota Moraes, de 55 anos, foi condenado nesta terça-feira (7) a cumprir pena de 22 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, após ter sido condenado pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Santana, na Região Metropolitana de Macapá, pelo assassinato da pequena Manayra Medeiros da Silva, que tinha 3 anos. O crime ocorreu no início da madrugada do dia 12 de agosto de 2000 no bairro Paraíso, no município santanense.

Ediomar sentou no banco dos réus 23 anos após o crime bárbaro. O conselho de sentença reconheceu as três qualificadoras do crime: motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima. Antes de julgado, Ediomar passou 18 anos foragido, sendo preso somente em 2018, no estado do Pará. Depois, foi recambiado para o Amapá para ser julgado pelo homicídio triplamente qualificado da menina. A sentença foi proferida pela juíza substituta Sara Zolandek, que presidiu o julgamento.

  • O caso

Ediomar conviveu com a mãe da vítima por um curto espaço de tempo, mas eles foram morar juntos na mesma casa. As brigas teriam colocado fim ao relacionamento, mas Ediomar e a mãe de Manayra permaneceram no mesmo imóvel, em quartos separados.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Amapá (MP-AP), no dia dos fatos o acusado saiu de casa para beber. À noite, Ediomar teria retornado no exato momento em que Maria Ivonete Medeiros, sua ex-companheira, se preparava para ir a um aniversário. A mulher recomendou aos familiares que cuidassem da menina até que ela retornasse.

Quando a mãe saiu da casa o acusado foi até o quarto da criança – que não era filha biológica dele – e a retirou da cama onde ela dormia. Ediomar arrastou a menina para fora e a levou em uma bicicleta, desaparecendo na noite escura.

Ainda de acordo com o órgão ministerial, Manayra foi levada pelo padrasto até a área portuária de Santana, onde Ediomar à arremessou dentro do rio, fugindo em seguida. O corpo da criança só foi localizado no dia seguinte boiando próximo à Ilha de Santana.

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