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Brasil tem macabro número de 47.587 mortos por ano

Problema vem crescendo cada vez mais no país, e está longe de ser solucionado

Estamos vivendo um momento crítico em matéria de segurança púbica. De um lado, este é o problema número um na cabeça de muitas pessoas. De outro, a notória incapacidade de enfrentar o preocupante desafio. O que fazer?

Se a preocupação faz todo sentido e por óbvio deveríamos estar preocupados com o bem comum, fica mais do que evidente que há uma ausência completa de percepção, que deveria ser aguda, mas não é, para estancar os tormentos em várias facetas.

O que se passa? Estou vivendo os meus 50 anos de experiência nas narrativas diversas sobre o mundo criminal. Já vi de tudo, melhor dizendo, quase tudo, nesse mundo repleto de obscuridades, ignorâncias, malfeitos, descalabros, evolução do crime, mudanças de estrutura nas polícias, leis distantes da realidade das ruas e a justiça dando a impressão que vive em outro planeta, devido ao descompasso em todo o sistema. Beira ao colapso.

Por que é assim? Porque no mundo do crime desfilam todas as misérias, a escória social, o bas-fonds, o abismo de submundos e desigualdades, o lúmpen acadêmico.

O saber como monopólio, erudição em várias áreas, o conhecimento das bolhas, os farisaísmos em várias esferas, nos conduziram até aqui.

Queremos respostas, soluções, não promessas, demagogias e populismos. Nunca foram suficientes. Por consequência, surgem riscos paralelos. Isso porque se os números da criminalidade ficam altos, como estão, algo teria de ser feito para que pudesse haver uma regressão.

Assim é que os tentáculos do crime organizado avançam como um polvo gigante. Controlam e dominam, disseminam o medo e o pânico. O pior é que as “explicações” sobre tudo isso são assustadoras, mas a sociedade vai se conformando com isso.

Exemplos: citar “áreas dominadas pelo tráfico”, identificar em lista quais são os “criminosos mais procurados”, retratar os presídios como “faculdades do crime”, relativizar o prende e solta imperante, conviver com o medo de sair de casa e não voltar, dominar um vocabulário próprio de segurança pessoal para se precaver. E por aí vamos. 

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