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Produtora cultural amapaense, Elísia Congó é transferida para o presídio feminino ‘Colméia’, em Brasília

Elísia Congó, de 58 anos, foi presa preventivamente na noite de domingo (10) ao desembarcar no aeroporto de Brasília (DF). Ela e outras três mulheres foram denunciadas por tráfico de drogas em Parauapebas (PA). O processo é de 2009

Da Redação

A administradora de empresas e produtora cultural do marabaixo, Maria Elísia Carmo Silva, de 58 anos, a ‘Elísia Congó’, como é conhecida no meio artístico amapaense, foi transferida nesta terça-feira (12) para a  penitenciária feminina do Distrito Federal, a ‘Colmeia’, como é chamada, onde aguarda decisão da justiça paraense sobre o pedido de soltura interposto pela defesa dela junto ao juiz da Comarca de Parauapébas (PA), onde Elísia foi denunciada pelo Ministério Público do Pará, pelo crime de tráfico de drogas. O suposto crime teria ocorrido em abril de 2009.

Defesa afirma que inocência da produtora cultural será provada no devido curso do processo

A transferência de Elísia para o presídio feminino de Brasília (DF) foi confirmada ao Equinócio Play pelo advogado de defesa da produtora cultural, Demétrio Ramos. A marabaixeira foi presa pela Polícia Federal (PF) no início da noite de domingo (10) quando ela desembarcava no aeroporto da capital federal. Contra ela existia um mandado de prisão preventiva em aberto desde 2018.

Representante de um grupo local de marabaixo, Congó faria uma apresentação no Congresso Nacional por conta das celebrações dos 80 anos de criação do Ex-Território Federal do Amapá.

Segundo a defesa, o mandado de prisão é incabível. O advogado declarou, por telefone, que a prisão causou espanto, uma vez que Elísia jamais teria sido citada pela justiça sobre o processo. Diante disso, ele ingressou com o pedido de revogação da prisão.

“Ingressamos com o pedido de revogação da prisão na comarca de origem do processo, ou seja, em Parauapebas, para que o juiz aprecie o requerimento. Acreditamos que haverá o deferimento do pedido, pois não existem elementos consistentes que mantenham a segregação da minha cliente. Ademais, já existe uma decisão favorável de liberdade para outra pessoa citada no processo. Demonstramos no pedido que nossa cliente tem residência fixa, é servidora pública do Estado do Amapá e que desconhecia plenamente que contra ela existisse um mandado de prisão. Repito, ela nunca foi citada. Agora, a preocupação é com sua liberdade para que se busque posteriormente as provas necessárias que demonstrem que ela não tem envolvimento com o crime que está lhe sendo imputado”, declarou Demétrio.

A expectativa é de que o pedido de Habeas Corpus seja julgado ainda esta semana pelo juiz da comarca localizada na mesorregião do sudeste paraense.

  • A denúncia

Elísia Congó foi denunciada inicialmente pelo Ministério Público do Pará (MP-PA) junto a 3ª Vara Criminal de Parauapebas pelo crime de tráfico de drogas. Além dela a Promotoria de Justiça denunciou Flores Meire Vieira Machado, de 45 anos; Ana Carla de Sousa Santos, de 32 anos, e Rita Guedes da Silva, de 50 anos. (As idades das denunciadas são atuais).

  • Investigação, prisões e fuga

Segundo consta na denúncia ministerial, na madrugada do dia 28 de abril de 2009 dois agentes da Polícia Civil do Pará faziam o levantamento de informações sobre a possível comercialização de drogas em uma área da cidade. Eles teriam observado Flores Meire em atitude suspeita na rua 24 de março.

Um dos agentes desembarcou do veículo e foi ao encontro de Meire se passando por usuário. A mulher teria entregado a ele uma porção de drogas, recebendo voz de prisão em flagrante. De imediato ela afirmou que o produto pertenceria a Ana Carla. Ao ser indagada, Ana afirmou aos policiais que fazia a distribuição dos entorpecentes a mando de Maria Elísia, e que ela (Elísia) seria sócia de uma boate com Rita Guedes.

Ainda de acordo com a denúncia, naquela madrugada, ao perceber a movimentação policial, Elísia e Rita – que estariam em frente à boate, correram para dentro do estabelecimento e fecharam as portas. No dia seguinte, quando os policiais retornaram à boate, receberam a informação de que tanto Rita quanto Elísia haviam deixado a cidade.

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