Exército transporta 60 toneladas de alimentos para comunidades indígenas de Oiapoque
No total, o governo do Estado está enviando 60 toneladas de alimentos para aldeias afetadas pela perda de produção da mandioca. Exército está atuando com a logística do transporte
O Governo do Amapá encaminhou nesta quarta-feira, 23, os 1.897 kits de alimentação que serão distribuídos para as famílias de 66 aldeias indígenas do município de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. Essa é uma das ações efetivas e imediatas adotadas pelo Estado, desde que foi decretada Situação de Emergência, em julho, em razão de doenças causadas por três fungos e uma bactéria em plantações de mandioca nas terras indígenas.
Os alimentos estão sendo levados com o apoio do Exército Brasileiro (EB), que seguiu viagem por volta das 5h30 desta manhã. O comboio conta com 12 caminhões carregados com mais de 1,1 mil cestas. As outras 797 serão levadas pelo governo. O volume de alimentos soma cerca de 60 toneladas.
Dentro das estratégias montadas na última semana pelo Governo do Amapá, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Exército, haverá quatro pontos de concentração para distribuição nas comunidades. As primeiras a receber são as aldeias às margens da BR 156.
Os outros pontos serão nas aldeias do Manga e Uaçá, que terá o auxílio de balsa na distribuição, e Rio Oiapoque, no qual o ponto de entrega será o Ramal Galibi.
De acordo com a secretária de Assistência Social (Seas), Aline Gurgel, esse é um trabalho de política de segurança alimentar.
“Devido ao problema fitossanitário em virtude das pragas e doenças no plantio da mandioca, o Governo do Amapá montou essa ação emergencial com cestas de alimentos para amenizar as dificuldades dos nossos indígenas”, destacou.
Com todo o planejamento alinhando, a maior concentração de entregas se dará na aldeia do Manga, onde serão agrupados kits de diversas comunidades. Só para esta região, são 1.056 cestas para as famílias indígenas.
Os kits contêm 40 itens alimentícios que foram definidos pelo Conselho de Caciques dos Povos Indígenas de Oiapoque (CCPIO), assim como o número de famílias indígenas que serão atendidas. Toda a logística conta com o apoio do Exército, Funai, Distrito Sanitário Especial Indígena do Amapá e Norte do Pará (Dsei) e secretarias do Governo do Estado.