Para manter o silêncio da vítima o pai – que cumpre pena no regime domiciliar – teria oferecido à menina um aparelho celular
Elden Carlos / Editor
Com passagens pela polícia pelos crimes de roubo qualificado, receptação e tráfico de drogas, Ruan da Silva Nunes, de 27 anos, que cumpre pena no regime domiciliar, foi preso em flagrante na segunda-feira (10) acusado de ter estuprado a própria filha, de 10 anos. O abuso sexual teria ocorrido no domingo (9), na residência do investigado, localizada no bairro Santa Rita, Zona Sul de Macapá.
Segundo a delegada Clívia Valente, que preside o inquérito na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra Criança e Adolescente (Dercca), a criança – que estava de férias – teria ido passar quinze dias com o pai, que é separado da mãe da vítima. Ainda de acordo com a delegada, em troca do silêncio da menina o investigado ofereceu um aparelho celular.
A violência sexual foi confidenciada pela menina à uma prima dela. A outra menor relatou o estupro à mãe da criança que procurou a polícia ainda no domingo. Na manhã de segunda-feira a genitora foi à Dercca onde os agentes constataram ainda se caracterizar o período de flagrante. Ruan, que trabalha em um projeto de reinserção de apenados à sociedade, foi preso em Mazagão, no canteiro de obras de manutenção da rodovia.
Nesta terça-feira (11) ele deverá ser encaminhado para audiência de custódia no Fórum da capital. A garota seria levada para exames na Polícia Técnico-Científica (Politec). Hoje, o Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 1940) define como crimes contra a dignidade sexual os casos de estupro e assédio, entre outros. Para estupro de vulnerável, por exemplo, a pena prevista é de 8 a 15 anos de prisão, sem considerar outros agravantes previstos em lei.