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Força Tarefa deflagra operação contra facção que monitorava movimentos da polícia e extorquia comerciantes

Alvos da operação ‘Patrulha’ tinham sistema de monitoramento de câmeras. Um deles ainda integrava o ‘Tribunal do Crime’. Grupo também extorquia comerciantes em áreas dominadas pelo tráfico

Elden Carlos / Editor

A Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (10) durante a operação “Patrulha”, que investiga integrantes de uma organização criminosa envolvidos com o tráfico de drogas e ‘tribunal do crime’. Três suspeitos são alvos da operação deflagrada simultaneamente nos bairros Infraero I e II, Centro e Novo Buritizal, em Macapá.

Segundo a polícia, a ação desta segunda-feira é o desdobramento da operação ‘Caixinha’, deflagrada em março deste ano, e que investiga o núcleo financeiro da facção responsável pela cobrança de taxas e mensalidades dos faccionados.

Durante as investigações, foi descoberto um esquema de monitoramento das áreas dominadas pela organização. A estrutura contava, inclusive, com sistema de videomonitoramento. Integrantes do grupo eram responsáveis pelo monitoramento de facções rivais que tentavam se instalar nessas áreas e da chegada da própria polícia. Os equipamentos eram instalados em locais estratégicos. Quando havia alguma movimentação diferente, os facionados que comercializavam ou movimentavam drogas eram informados da chegada das unidades policiais, tendo tempo para fugir e evitar um flagrante.

Um dos investigados também é suspeito de ser uma espécie de ‘executor’ dentro do chamado Tribunal do Crime. Conversas interceptadas pela polícia revelam que ele recebia ordens para punir desafetos e até mesmo integrantes da própria facção ou civis que ‘infringiam’ o código dos criminosos em determinadas áreas. Sobre o pagamento de taxas, se apurou que as lideranças do grupo ainda faziam o recolhimento de taxas de comerciantes que estavam dentro da área de atuação deles, sob pena de represália. Os investigados poderão responder pelos crimes tráfico de drogas e integrar organização criminosa. Em caso de condenação, poderão ser sentenciados a pena de até 23 anos de prisão.

Imagem: Divulgação/PF

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