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Expansão recorde do agro brasileiro freia alta de preços no mundo

A FAO prevê uma expansão da produção e exportação de alguns dos itens que servem de carro chefe da agropecuária brasileira, inclusive atingindo “picos históricos”. Num informe publicado sobre as projeções para o ano de 2023 e 2024, a entidade com sede em Roma destacou como a produtividade brasileira e resultados recordes devem levar a uma queda dos preços internacionais em alguns setores e frear uma inflação no setor de alimentos.

Um desses setores é o de grãos. Prevê-se que a produção mundial desse setor em 2023 aumente 3,0% em relação ao nível de 2022, atingindo 1.513 milhões de toneladas.  “Grande parte do crescimento esperado está concentrada nos Estados Unidos da América, no Brasil e na União Europeia”, afirma o informe.

A previsão da FAO é que o comércio mundial de grãos em 2023/24 atinja 221 milhões de toneladas, um aumento de 1,4% em relação ao nível estimado para 2022/23. O aumento decorre da maior importação por parte da China e de uma recuperação esperada nas importações de milho por vários países, principalmente na Ásia.

Mas, do lado das exportações, espera-se que a recuperação das vendas de milho pelos Estados Unidos impulsione predominantemente as exportações, “enquanto um aumento menor previsto nos embarques de milho do Brasil também deve contribuir para a expansão do comércio global”.

Depois de atingir um recorde de alta em 2022, após as interrupções criadas pela guerra na Ucrânia, os preços internacionais dos grãos caíram para os níveis anteriores à guerra de 2021.

Em 2023, os preços internacionais diminuíram novamente, caindo 9% entre janeiro e maio de 2023. Para a FAO, isso reflete principalmente as maiores disponibilidades sazonais com o início das colheitas de milho na América do Sul, uma safra recorde de milho esperada no Brasil e uma produção maior prevista nos EUA, apontando para uma provável recuperação dos suprimentos globais em 2023/24.

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