Após lotação no HCA, crianças internadas são transferidas para o hospital de Santana após surto da gripe
Mais de 10 pacientes que estavam internados no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), em Macapá, foram transferidos para leitos de um hospital particular de Santana, na Região Metropolitana. A medida adotada pelo Governo do Estado visa desafogar a superlotação da unidade, que ocorre durante surto de síndromes gripais.
Neste sábado, 13, o governador Clécio Luís assinou decreto que declara situação de emergência em saúde pública. O surto de síndromes gripais e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que atinge principalmente o público infantil, registrou aumento de 108% no número de internações de janeiro até a primeira semana de maio.
Entre as medidas emergenciais adotadas estão a reativação do Comitê de Operações Emergenciais em Saúde Pública (Coesp) para, de forma técnica, tratar dos casos nos 16 municípios do estado. Além disso, foram abertos na rede pública mais 32 leitos clínicos pediátricos e mais 4 de Terapia Intensiva (UTI).
A parceria da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) com o Hospital Vila Amazonas garantiu mais 20 vagas na rede pública para atender crianças com síndromes gripais com baixa complexidade. Em dois dias, 12 pacientes foram transferidos.
Para dar suporte às famílias, uma van é disponibilizada diariamente nos horários de visita para que os responsáveis possam realizar a troca de acompanhantes e para que recebam o boletim médico.
- Surto
De acordo com o relatório emitido pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), o surto é provocado pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) causador de doenças como a bronquiolite, hoje responsável por mais da metade das internações.
Ainda de acordo com os dados epidemiológicos, a maioria das crianças que estão em estado grave não possuem cartão de vacina atualizado ou não se vacinaram contra a Influenza e Covid-19. Por isso, as medidas também têm como foco o aumento da cobertura vacinal.
A SVS emitiu recomendações para evitar o aumento de casos, como adotar medidas de prevenção (uso de máscaras, higienização frequente das mãos e distanciamento físico de pessoas com sintomas); imunização contra as doenças preveníveis; e evitar levar para as escolas e creches as crianças com sintomas respiratórios.