Polícia prende suspeitas de envolvimento na execução de homem no bairro Nova Esperança
Duas mulheres, que supostamente seriam responsáveis por um ‘cativeiro’ para onde vítima de uma execução foi atraída, acabaram presas no início da noite de segunda-feira (18)
Elden Carlos / Editor
Duas mulheres foram presas na noite de terça-feira (18) em uma residência localizada na Av. Clodóvil Coelho, bairro Novo Buritizal, na fronteira com o bairro Nova Esperança, Zona Sul de Macapá. Segundo a polícia, Andressa de Cássia Souza Farias, de 24 anos, e Geisele Moraes Soares, de 30 anos, teriam participação direta no assassinato de Clean Barbosa Nunes, o ‘Menorzinho’, de 19 anos, que foi encontrado morto na manhã de segunda-feira (17) na rua Secundino Campos, bairro Nova Esperança. Ele tinha uma corda enrolada no pescoço e apresentava sinais de tortura e pelo menos seis perfurações por arma branca na região da cabeça e nuca.
As prisões foram realizadas por agentes da Coordenadoria de Inteligência e Operações (Ciop) da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), com apoio do Grupo Tático Aéreo (GTA).
De acordo com as informações iniciais da polícia, a casa onde as suspeitas foram presas é a mesma onde Clean foi torturado e morto. Manchas de sangue foram encontradas nos cômodos pela Politec.
As mulheres teriam atraído a vítima para a residência com a promessa de que iriam beber. Já no imóvel, Clean foi rendido por pelo menos três homens que passaram a interrogá-lo. A ação foi gravada pelos próprios suspeitos e parte do vídeo vazou nas redes sociais. Os homens seriam integrantes de uma facção e questionam durante o ‘interrogatório’ à que organização Clean pertencia e quem era o ‘padrinho’ dele.
Ainda segundo a polícia, após isso ele foi torturado, asfixiado com a corda e golpeado várias vezes na cabeça e nuca. Depois, o corpo foi arrastado até o local onde houve a desova. As mulheres presas seriam uma espécie de responsáveis pela guarda do cativeiro. Elas foram levadas ao Centro Integrado em Operações da Segurança Pública (Ciosp) Pacoval e passariam por audiência de custódia. O depoimento das mulheres seria determinante para identificar os autores da execução.
