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Ciclo do Marabaixo: calendário inicia com encontro de gerações

Foi no rufar das caixas e no rodar das saias floridas que as comunidades negras do Amapá celebraram o início do Ciclo do Marabaixo, em homenagem à maior expressão cultural do estado. Este ano, o tema da festividade é “Fé, tradição e resistência”. A alegria do encontro de gerações nos barracões dos grupos que realizam o evento marcou o primeiro dia do calendário festivo, que segue até 11 de junho, o primeiro domingo após o feriado de Corpus Christis.

No Barracão da Tia Gertrudes, sede do grupo Berço do Marabaixo, os descendentes de Gertrudes Saturnino, que dá nome ao espaço, se reuniram para festejar. A coordenadora do grupo, Valdinete Costa, celebrou a festividade com suas filhas Lorena, 28, Loren, 25 anos, e Lorrany, 18, anos, e os netos Davi Luiz,7 anos, Jontas Valentim, 2 anos, e Anna Cecília, 9 meses.

  • Retorno das tradições

Na avenida Mendonça Furtado, as caixas rufavam no barracão do grupo Azebic. Ali, a animação é em dose dupla, com o início do Ciclo e com o retorno do grupo após seis anos. A matriarca da família festeira, dona Irene Pereira, de 82 anos, diz que o clima é de muita alegria e gratidão, pois o retorno é o pagamento de uma promessa dela à Santíssima Trindade, depois de ficar um ano sem andar.

“O coração apertava de saudade. Nos nossos corações, a festa sempre aconteceu, mas agora temos a alegria de estar de volta e chamamos o público para conhecer nossa tradição”, diz dona Irene.

Os grupos serviram gratuitamente para os visitantes a tradicional gengibirra, a bebida que é o “combustível” dos festeiros, e o cozidão, enquanto os marabaixeiros dançavam.

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