“O melhor tempero é o incômodo”
Por Eder Brasil
No filme, Margot foi convidada por Tyler para uma experiência gastronômica em um dos restaurantes mais exclusivos do planeta. Margot percebe imediatamente que foi para o lugar errado!
Chef Slowik é o líder do estabelecimento que fica localizado em uma ilha, além do casal, o restaurante tambem recebe clientes especiais como um astro de cinema, funcionários do mercado financeiro, uma crítica gastronômica e um casal milionário, todos entram no estranho mundo comandado pelo chef Slowik, e quando percebem o que está acontecendo já é tarde demais.
A noite deveria ser apenas um momento de degustação mas diante da insanidade do Chef, tudo desdobra para situações chocantes que deixam cada segundo do filme extremamente tensos.
Olha geralmente não sou muito fã de filmes que envolvam comida, por exemplo “O Poço”, mas neste longa a comida não é exposta de maneira tão truculenta na tela, não causa nojo, na verdade alguns momentos chega até ser apetitosa, principalmente o último pedido feito ao Chef pela protagonista, até por que como os pratos foram usados de alegoria, uma metáfora para o mundo consumista e gastronômico, o alimento teve um requinte mais plástico em tela.
O filme “O Menu” volta ao suspenso clássico, com reviravoltas bem escritas e um bom equilíbrio entre dar espaço para o público refletir e ao mesmo tempo dar dicas sobre o que o filme quer passar para o expectador. Vale a pena assistir, e degustar cada porção de suspense, com tempero de plot twist e o sabor do incômodo que o longa traz a cada nova cena do filme.