OMS afirma que China mantém guardada possível informação sobre origem da pandemia
País tirou do ar resultados de ensaios feitos em animais que testaram positivo ao vírus causador da Covid em 2020, no mercado de Wuhan, apontado como primeiro foco da doença
A OMS (Organização Mundial da Saúde) fez nesta sexta-feira (17) seu enésimo apelo para que a China compartilhe toda a informação científica que possa ser útil para determinar a origem da pandemia de Covid-19, após a constatação de que o gigante asiático mantém guardados resultados genéticos e moleculares sobre o mercado de animais apontado como o primeiro foco da emergência sanitária.
A informação, procedente dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) da China, foi postada em uma plataforma científica de acesso aberto em janeiro e descoberta por especialistas europeus que a analisaram e relataram seus resultados à OMS, mas desde então todos esses dados foram removidos.
A OMS indicou que assim que soube do caso (há cinco dias) pediu às autoridades chinesas que disponibilizassem a informação, o que ainda não aconteceu.
A entidade esclareceu que estes dados não permitem tirar uma conclusão definitiva sobre como começou a pandemia, mas constituem “uma peça importante para nos aproximarmos de uma resposta.”
Cientistas ocidentais que conseguiram baixar e trabalhar com as informações procedentes da China fizeram uma apresentação de suas descobertas a um grupo de especialistas da OMS dedicado a estabelecer a origem de novos patógenos, incluindo a causa da Covid-19.